Para a comercialização, alguns investimentos e cuidados podem gerar mais lucro
Um imóvel parado, sem habitação, traz prejuízos ao proprietário. Além de desperdiçar uma renda que pode vir por meio da locação do bem, há gastos com IPTU, taxas condominiais e desgaste pela falta de manutenção. Para fazer da propriedade um negócio lucrativo, dispor o espaço a um inquilino é o caminho ideal, desde que alguns cuidados sejam adotados. O primeiro passo é escolher uma imobiliária para intermediar a relação entre inquilino e proprietário. Alexandre Arruda, gerente de locações da Auxiliadora Predial, explica que a propriedade administrada por uma empresa do ramo, e de confiança, gera segurança jurídica e facilidades à comercialização. Na avaliação do imóvel, a imobiliária indicará o valor da locação. "Nesse momento, o proprietário deve expor as suas necessidades e intenções para que a administradora possa assessorá-lo da melhor maneira possível", diz Alexandre. O especialista explica que algumas ações podem valorizar o bem, outras dão maior liquidez ao imóvel. "Às vezes, adequar o valor significa ganhar mais a longo prazo, pela redução do tempo em que o imóvel fica desocupado", completa. A boa apresentação da parte física da propriedade eleva o lucro. Em alguns casos, conforme Alexandre, em até 20%. Uma pintura nova, reparos necessários na hidráulica e elétrica, acabamento das esquadrias, entre outros investimentos, fazem a diferença. Um imóvel pequeno, próximo a universidades, por exemplo, pode receber alguns móveis sob medida para receber estudantes de outras cidades. "São ações, que do ponto de vista do negócio, podem valer muito", observa Alexandre. Um cuidado especial está relacionado à vistoria, uma ficha de avaliação feita no momento em que o proprietário disponibiliza o bem para locação na imobiliária. Quanto mais completa for, melhor. Afinal, o que está nela é o que o dono receberá de volta no final do contrato. Cada detalhe deve ser anotado, observando o estado de conservação e as condições de uso de cada item. No momento em que o imóvel recebe um locatário, os encargos da propriedade já passam a ser de responsabilidade da imobiliária. A empresa cobra do inquilino e depois, ela mesma, paga o condomínio e outros débitos relacionados ao bem. Assim, o proprietário se certifica de que não há inadimplências. Ao fechar negócio, as administradoras oferecem garantias de ressarcimento em caso de atrasos por parte do morador. "Algumas de 30 ou até 90 dias", diz Alexandre. Na Auxiliadora Predial, o serviço é conhecido como Aluguel garantido. Por ele, o proprietário pode agendar a data do ressarcimento do aluguel. "Dependendo do contrato, mesmo que o inquilino atrase três meses a conta, a imobiliária adianta o pagamento e faz o depósito no dia correto ao proprietário", explica. Uma manutenção na propriedade, de tempos em tempos, evita prejuízos. A limpeza do aquecedor é uma das tarefas que aconselhamos realizar a cada seis meses. Em outra situação, um cano velho pode ser trocado a fim de eliminar a possibilidade de infiltração, que é de responsabilidade do proprietário, e reduzir gastos indesejáveis durante a locação. Em todo o processo, o importante é a relação e a confiança entre a administradora e o proprietário do imóvel. Partindo do pressuposto de que a locação é um negócio em que o inquilino é o cliente e o bem, o produto, toda a estratégia pensada entre ambos para a melhor forma de comercialização é bem-vinda.
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