E a carne grita Desesperada Em meio Ao trepidar dos nervos Aflitos Frente o torpor da carne Que grita Em seu silêncio Sem face... Enquanto a alma Atrelada ao seu existir Geme... Treme... No âmago de seus traços Sentido-se abalar Nos átrios de suas Mais belas e puras formas... Tamanha a dor Que fere a carne Que sangra o rio das lágrimas Da face da alma Que clama Em doloroso silêncio Por piedade...
Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.