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Os 14 clubes, com um total de 252 atletas, participantes da 1ª Copa Oeste de Futebol, que teve início no domingo, 18 de maio, no campo da Emdurb, realizaram um ato de protesto contra o prefeito de Ubatuba, Eduardo Cesar. Os atletas repudiam a decisão do prefeito de veto total ao projeto de Lei do vereador Jairo dos Santos, que autoriza o Executivo a conceder o uso de uma área pública, nas dependências da Emdurb, no bairro do Horto, para a Liga Ubatubense de Futebol Independente. O objetivo da LUFI é promover campeonatos, práticas esportivas, culturais e de lazer, além da “Escolinha Nota 10”, que ministra curso de futebol para crianças e adolescentes da região. O projeto de Jairo foi aprovado por unanimidade, na 8ª Sessão de Câmara do dia 1º de abril de 2008. Fica uma pergunta da direção da LUFI em relação ao uso exclusivo do campo pela Liga Desportiva de Ubatuba – LDU: Como o prefeito autoriza exclusividade sobre um direito indisponível da comunidade e veta um projeto que segue todos os trâmites legais? Os moradores da região estão indignados com a atitude do Executivo. Para eles, o campo tem que ser utilizado pela população, com a administração da LUFI. Portanto, o interesse de todos é que veto do prefeito sobre o Projeto do vereador Jairo seja rejeitado pelos vereadores na Sessão Ordinária do próximo dia 27 de maio.

Segue abaixo a opinião da comunidade da região oeste.

Wilson Rocha, 44 anos, pedreiro, morador do Ipiranguinha: “Nunca vi algum político aqui no campo, será que eles sabem onde fica a EMDURB ou Centro de Zoonose? Com certeza, também não sabem que utilizamos o campo, nos fins de semana. Eles deveriam destinar algumas horas do descanso semanal, para visitar a região e conhecer os projetos sociais da LUFI. Talvez, a Emdurb e o Centro de Zoonose nunca tenham sido fiscalizados pelos vereadores que têm essa função. Estamos de olho.”

Benedito da S. Filho, 40 anos, casado, motorista, morador do Ipiranguinha: “Meu filho joga futebol aos sábados na “Escolinha nota 10”, criada pela LUFI e sei que todo material esportivo que lá existe, foi comprado pela diretoria da Liga, ou doado pelos pais e empresários que não são políticos. EU mesmo comprei e doei uma bola. A prefeitura e os vereadores deveriam ajudar também. É deste jeito que eles estão preocupados com as eleições deste ano?”

Ângelo C. de Oliveira, 30 anos, casado, auxiliar administrativo, morador da Marafunda: “Ficamos sabendo da situação do campo, pelos membros da LUFI que nos mostraram toda a documentação que regulamentou a entidade. A Prefeitura deveria, pelo menos, procurar a direção da LUFI para se inteirar do assunto. Assim, quem sabe, teria aprovado o projeto de Lei. As pessoas que utilizam o campo e que fazem parte da LUFI, são pessoas de bem e também jogam neste campo. Não estou acreditando que o Prefeito vetou o projeto, sem antes procurar saber a opinião da comunidade e da própria LUFI. Por quê? Porque somos pessoas simples e de baixa renda? Mas, ele não pode se esquecer que fomos nós que o elegemos. Devemos nos mobilizar e ir à Câmara na terça-feira porque sei que eles votarão a favor e agora tem que continuar assim. Não é verdade? Queremos o Legislativo trabalhando em beneficio de todos.”

Reginaldo dos Santos, 34 anos, casado, pedreiro, morador do Ipiranguinha - Bosque dos Coqueirais: “Eu tenho um time de futebol e sempre quis participar de campeonato, mas não tenho condição financeira, agora que temos a LUFI, para cuidar do campo e organizar campeonatos, querem atrapalhar? Apoiamos o Julinho e toda a diretoria da LUFI. Neste ano eleitoral vamos dar a nossa resposta.”

Valdinei Rodrigues, 28 anos, casado, motorista, morador da Cachoeira dos Macacos: “Utilizamos este campo da EMDURB há muito tempo e ninguém nunca se preocupou em saber se precisamos de alguma coisa, como cortar grama, ou demarcar o campo, agora é vetado um projeto que visa melhorar a nossa única área de lazer? Isto é um absurdo! O prefeito nem aqui vem. Vimos uma placa no campo da Emdurb que autoriza uso exclusivo à Liga Desportiva de Ubatuba - LDU e nunca perguntaram a nossa opinião. A LUFI tem documentos comprovando isto. Estamos esperando a resposta do Executivo e que o prefeito se manifeste sobre o assunto.”

Gabriel O. de Oliveira, 39 anos, casado, mestre-de-obras, morador do Ipiranguinha: “Olha, eu acho o fim da picada essa atitude do prefeito de vetar um projeto que só vem para o bem da comunidade. Agora, eu espero que os vereadores mantenham a mesma posição de quando o aprovaram por unanimidade. Espero que agora eles derrubem, também por unanimidade, o veto do Executivo, da mesma forma que derrubaram o veto do prefeito em relação ao projeto do som.”