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Poesias
22/05/2008 - 18h11
Denúncias
Elizabeth Misciasci
 

A forte chuva batendo no rosto.
Nos braços, documentos e incertezas;
fragilidades visíveis na face,
notório delinear do meu desgosto...
Já não importava o caminho,
cansável distância feito êxodo partir.
Confrangendo um sentir puro
não mais me impedia seguir.
Sem questionar o futuro
os passos perdiam a firmeza,
passado vivido distante...
Cabisbaixa, triste andante.
A chuva que era ínfimos pingos
inesperadamente aumentando,
incauta, molhava os cabelos,
misturando-se ao meu pranto.
Na hora da vez, fez-se a vez da hora.
- Retroceder não poderia!
Levada por um vazio,
caminhei como em outrora.
Perdida no espaço e no tempo...
Escalada íngreme!
Onde o minuto rival, competia
e o vento da chuva que compelia,
ao bater... - Também doía.
Mas o dever do cumprir abordou-me!
Devorando pensamentos,
visível fez-se a realidade.
Mesclando papéis sob as águas,
mentiras, verdades, sentimentos.
O certo não era a tardia...
Mesmo na difícil trajetória.
Refrear é covardia!
- Quem contará esta história?
Já a chuva, torrencial se fazia!
Roupas, corpo, cabelos e rosto,
inundados me tomavam...
Num resvalar que me cobria.
Poderoso "Poder" permitiu o proposto,
postei pasta e documentos!
- A chuva já cessava as gotas repentinas.
Olhei o céu, lastimei meus lamentos
perdida no vário das minhas retinas
Molhei e sequei-
- entre o sol e o vento.
Morri e vivi em cada passo,
a toda hora, a todo o momento!
Da chuva, do pranto, do andar sem saída,
Refleti, relembrei as feições...
Cada rosto!
A ternura, a doçura, as ’profusas injúrias’,
revivi aconchegos, sonhos, perfídias.
No lampejo, entendi ao final das rasuras.
Os papéis em meus braços, caminhada sofrida...
O Desvelo das marcas sob insanas torturas,
é rotina perversa, em cada pele ferida.
Valendo-me de um tempo,
onde se busca o que se espera
tomo a frente! "Dando a cara",
escondo o medo e enfrento a fera.
Persistente!... - Vou buscando uma saída
entre cantos e gemidos sem alento...
Volto o tempo dispersado em pensamento,
relembro o feito e o desalento.
Insistente mordo os lábios resistente
recobrando o sentido do Sentido
pois das mãos o que eu postara
eram denúncias!
Não papéis com histórias redigidas,
Me fazendo ao portar dificuldades
Posfácio de vidas tão sofridas...
Suplicando futuros e liberdades.


Nota do Editor: Elizabeth Misciasci (www.jornalista.eunanet.net) é jornalista, escritora humanista, pesquisadora, presidente do Projeto zaP! e editora Executiva da Revista zaP.

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