A forte chuva batendo no rosto. Nos braços, documentos e incertezas; fragilidades visíveis na face, notório delinear do meu desgosto... Já não importava o caminho, cansável distância feito êxodo partir. Confrangendo um sentir puro não mais me impedia seguir. Sem questionar o futuro os passos perdiam a firmeza, passado vivido distante... Cabisbaixa, triste andante. A chuva que era ínfimos pingos inesperadamente aumentando, incauta, molhava os cabelos, misturando-se ao meu pranto. Na hora da vez, fez-se a vez da hora. - Retroceder não poderia! Levada por um vazio, caminhei como em outrora. Perdida no espaço e no tempo... Escalada íngreme! Onde o minuto rival, competia e o vento da chuva que compelia, ao bater... - Também doía. Mas o dever do cumprir abordou-me! Devorando pensamentos, visível fez-se a realidade. Mesclando papéis sob as águas, mentiras, verdades, sentimentos. O certo não era a tardia... Mesmo na difícil trajetória. Refrear é covardia! - Quem contará esta história? Já a chuva, torrencial se fazia! Roupas, corpo, cabelos e rosto, inundados me tomavam... Num resvalar que me cobria. Poderoso "Poder" permitiu o proposto, postei pasta e documentos! - A chuva já cessava as gotas repentinas. Olhei o céu, lastimei meus lamentos perdida no vário das minhas retinas Molhei e sequei- - entre o sol e o vento. Morri e vivi em cada passo, a toda hora, a todo o momento! Da chuva, do pranto, do andar sem saída, Refleti, relembrei as feições... Cada rosto! A ternura, a doçura, as ’profusas injúrias’, revivi aconchegos, sonhos, perfídias. No lampejo, entendi ao final das rasuras. Os papéis em meus braços, caminhada sofrida... O Desvelo das marcas sob insanas torturas, é rotina perversa, em cada pele ferida. Valendo-me de um tempo, onde se busca o que se espera tomo a frente! "Dando a cara", escondo o medo e enfrento a fera. Persistente!... - Vou buscando uma saída entre cantos e gemidos sem alento... Volto o tempo dispersado em pensamento, relembro o feito e o desalento. Insistente mordo os lábios resistente recobrando o sentido do Sentido pois das mãos o que eu postara eram denúncias! Não papéis com histórias redigidas, Me fazendo ao portar dificuldades Posfácio de vidas tão sofridas... Suplicando futuros e liberdades. Nota do Editor: Elizabeth Misciasci (www.jornalista.eunanet.net) é jornalista, escritora humanista, pesquisadora, presidente do Projeto zaP! e editora Executiva da Revista zaP.
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