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Ubatuba
30/06/2008 - 06h09
A temporada de pingüins recomeça
 
 
 
Divulgação 
  Pinguins reabilitados no Instituto Argonauta.

Já são onze o número de pingüins que apareceram nas praias do litoral norte do Estado de São Paulo e sul Fluminense desde 23 de junho de 2008. O Instituto Argonauta para a Conservação Costeira e Marinha e o Aquário de Ubatuba foram acionados, e suas equipes foram até os locais registrados e resgataram os pingüins para tratamento médico veterinário.

Os animais encontrados nas praias apresentavam hipotermia, cansaço, magreza e anemia. O que ajudou muito a equipe foi a maneira de acondicionamento do animal até o resgate chegar. “Ao contrário do que a maioria acredita, esses animais estão com frio e precisam ser aquecidos, portanto deve-se colocar os animais em uma caixa de papelão envolto numa toalha ou jornal e esperar o resgate chegar” afirmou a médica veterinária Paula Baldassin, presidente do Instituto Argonauta e veterinária do Aquário de Ubatuba.

Os Pingüins de Magalhães (Spheniscus magellanicus) são aves marinhas com o corpo adaptado para viverem na água. Não voam, e têm suas asas modificadas em nadadeiras. São animais com aproximadamente 70 cm de altura e pesando cerca de 5 kg. Apresentam uma plumagem preta no dorso e branca no ventre e pescoço, bem distintas após a primeira troca de penas, que ocorre quando eles completam um ano.

Esta espécie de pingüim vive em uma zona de clima temperado, podendo sofrer variações na temperatura do ambiente de 7 a 35º C. Sendo encontrada na Patagônia Argentina e Chilena, formando grandes colônias, chamadas de “Pinguineiras”.

É uma espécie que possui dois períodos de vida distintos: a época reprodutiva nos meses de setembro a março, em que forma casais monogâmicos, a fêmea coloca 2 ovos em ninhos construídos em tocas ou aos pés das árvores, que são chocados por 40 dias, o casal divide o cuidado parental como a incubação e os primeiros cuidados com os filhotes por aproximadamente 2 meses; e a época não reprodutiva, entre os meses de abril e setembro, que passam na água: eles saem em busca de alimento se aventurando por distâncias mais longas, podendo chegar até o nosso litoral sudeste e às vezes mais ao norte da costa brasileira. Se alimentam de peixes, lulas e pequenos crustáceos e ficam normalmente em grupos. Segundo a bióloga e educadora ambiental de ambas instituições Carla Beatriz Barbosa, é nesta ocasião que eles são encontrados, muitas vezes fracos, debilitados e necessitando de cuidados. “Estes animais são encaminhados a centros de reabilitação de animais marinhos, e após estabilizados são levados para instituições que possam utilizá-los como forma de educação ambiental e pesquisa para melhor conhecimento da espécie” afirma a bióloga.

Segundo o oceanógrafo Hugo Gallo, fundador de ambas instituições e diretor do Aquário de Ubatuba, “a temporada promete ser intensa e semelhante a de 2000 quando tivemos mais de 100 animais resgatados. A maior ou menor ocorrência destes animais em nossa região em diferentes anos, muito provavelmente esteja ligada ao regime de correntes oceânicas na costa brasileira. Atualmente apoiamos a tese de mestrado de uma aluna com nossos dados de ocorrência e com dados das correntes coletados pelo INPE e que devem comprovar esta correlação”.

O Aquário de Ubatuba e o Instituto Argonauta são as únicas instituições que possuem licença do IBAMA para resgatar aves e mamíferos marinhos na região. Ambas trabalham, com o apoio do IBAMA e o Instituto tem patrocínio do Aquário e da Petrobras. Para dar continuidade e otimizar suas ações o Instituto Argonauta vem buscando recursos para a estruturação do centro de reabilitação e triagem de animais aquáticos, CRETA. O IBAMA apóia a iniciativa do Instituto Argonauta de implantação deste Centro na região. Qualquer pessoa física ou jurídica também pode colaborar através de doações por telefone ou pelo site www.institutoargonauta.org.

Quanto menor o tempo passado entre o encalhe e o resgate, maiores são as chance do animal! Informações acerca da ocorrência de animais marinhos podem ser passadas por telefone ao Instituto Argonauta e ao Aquário de Ubatuba nos telefones (12) 3832-1382, 3832-7491 e 3833-4863.

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