Melissa Schirmanoff

Entulhos, lixos, recicláveis, móveis, sobras de poda, folhagens, galhos de árvores, animais em putrefação (exalando odor insuportável) e sabe-se lá mais o quê, desde que não sirva mais a alguém, há muito tempo tem destino certo no Silop: rua Baptista de Oliveira esquina com a rua Alagoas. Conhecidíssima pelos moradores e freqüentadores da região como “a esquina que não tem mais solução!” - expressão máxima da descrença e descaso...

Os moradores que ainda não se revoltaram com tamanha omissão daqueles que têm por obrigação de cumprir a legislação vigente em nossa cidade e exigir que o proprietário pavimente a calçada de seu imóvel, “revezam” em solicitar à Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos que recolha o “entulho” do local e aguardam o “não pronto atendimento” do seu protocolo.

É vexatório. A variedade e a quantidade de coisas que chegam a acumular-se no local chama a atenção de qualquer um que por ali transite, inclusive de turistas desavisados que chegam ao cúmulo de acreditar que trata-se de uma “liquidação de garagem” abrasileirada, digo, ubatubana... teve gringo que até fez oferta para adquirir uma mochila mas não encontrou o dono...

Seria esse sofá um protesto por transformar a famosíssima esquina em um local digno para se ficar? Seria um anseio da comunidade ter essa esquina devidamente calçada para nela poder transitar? Teria sido a solução retratada na foto acima: senta e espera porque quem espera sempre alcança?!?