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SEÇÃO
Economia e Negócios
29/07/2008 - 13h11
É mais barato comer nhoque em NY do que em SP
Marcos Crivelaro
 

A tradição é que no dia 29 de cada mês coma-se nhoque e debaixo do prato coloque-se uma nota de 1 dólar. Atualmente além de utilizar a moeda americana é mais vantajoso comer esse prato em território americano.

Atualmente alimentar-se fora de casa representa 26% nos gastos com alimentação do consumidor brasileiro. Ao consumir diariamente um prato executivo ou comer moderadamente em um restaurante por quilo facilmente totaliza-se um gasto mensal de 1 salário mínimo. Segundo o IBGE, a impressionante quantidade superior a 100 milhões de refeições diárias realizadas fora de casa foi o item que mais influenciou a alta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês de maio. E com a alta dos alimentos e do reajuste salarial da mão-de-obra a tendência de alta persiste. Dados da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) mostram que bares e restaurantes unidos são os maiores empregadores do Brasil (aproximadamente 10% dos empregos diretos). Mas após a implantação da Lei Seca o movimento de muitos restaurantes tem diminuído em até 50% porque está dificultada a venda de bebidas alcoólicas que são, por sinal, os itens mais lucrativos (respondem por 30% do faturamento). Mais prejudicial do que Lei Seca para o crescimento do setor, a inflação pode ser o pior vilão. Isto porque cada vez mais as pessoas estão fazendo as contas na ponta do lápis e comparando o preço de um prato vendido em um restaurante com o que se gasta para fazer esse mesmo prato em casa. E chegando a conclusão que é caro comer fora no Brasil. Faça as contas, por exemplo, com a mesma quantia gasta para comprar um X-burger em um restaurante é possível montar 4 lanches similares em casa!

- Cozinhando em casa: muitos, por causa da Lei Seca e da inflação estão preferindo reunir os amigos em casa. Sai mais barato, beber e comer. Não sabe cozinhar? Ligue a TV, sintonize as emissoras de sinal aberto e perceberá a enorme quantidade de programas. Ao longo de um dia, se contabilizarmos todas as receitas ensinadas de maneira didática, destacando-se inclusive características nutricionais, o custo dos ingredientes e o tempo de preparação facilmente atingiremos a marca de 30 receitas. E em muitos momentos ouvirá a frase, "aprenda a fazer e ganhe dinheiro". Isso pode ser uma oportunidade de complementação de renda para combater a perda do poder de compra que a inflação causa nos salários.

- Comparando via internet: atualmente é fácil e comum utilizarmos a internet para compararmos preços de produtos e serviços. Nesse mês de julho estou conversando com colegas que estão viajando no exterior: EUA, Alemanha e Itália. E quando pergunto o que estão comendo e quanto estão pagando tenho tido respostas positivas e encorajadoras para ir viajar também. Está mais barato comer, por exemplo um prato de nhoque nos Estados Unidos. Os preços médios que obtive para um prato de nhoque servido 2 pessoas: EUA (R$ 32), Alemanha e Itália (R$ 40). Experimente digitar nos instrumentos de busca a seguinte frase: Gnocchi con Pomodoro Basilico e Olive. Ficará surpreso com a quantidade de endereços eletrônicos disponibilizados (próximo a 400 mil). E no Brasil? Em restaurantes mais renomados é fácil encontrar menus estampando o preço de R$ 50! E quando custa fazer um prato de nhoque em casa? Varia de R$ 10 a 20, principalmente se utilizar ingredientes importados.

- Por quê é caro?: justiça seja feita, a carga de impostos é muito alta e representa cerca de 16% do faturamento bruto de um restaurante. E se o empresário estiver em um imóvel alugado e comprometido com financiamento contratado com altas taxas de juros a situação piora e é necessário reajustar os pratos que compõe o menu.


Nota do Editor: Marcos Crivelaro é professor PhD da FIAP - Faculdade de Informática e Administração Paulista e da Faculdade Módulo, especialista em matemática financeira e consultor em finanças.

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