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SEÇÃO
Economia e Negócios
03/08/2008 - 13h10
Preço da carne sobe mais do que a inflação
Marcos Crivelaro
 

A alta da inflação em gêneros de primeira necessidade é um problema de ordem mundial. O elevado custo de vida aflige 1 bilhão de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza. Na América Latina, essa é a situação de quase 80 milhões de pessoas. A taxa média de alta generalizada dos preços dos alimentos nos países emergentes, acumulada em 12 meses, é quase o triplo da dos países ricos. A revista britânica The Economist estima que a média mundial de inflação subiu para 5,5%, o nível mais alto desde 1999, e que dois terços da população mundial deverá conviver com inflação acima de 10% neste ano.

Por que essa onda de inflação? Algumas respostas são as seguintes: a) aceleração do crescimento global retirou 500 milhões de pessoas da miséria e pobreza nos últimos quinze anos devido ao forte crescimento da economia internacional nesse período, especialmente na China e na Índia e, por isso, estamos vivendo uma crise de oferta de produtos; b) pela lei da oferta e da procura, ocorre o aumento dos preços das commodities (petróleo, metais e alimentos).

Em época de inflação alta, economizar no supermercado é essencial para garantir a saúde do bolso. Mas, infelizmente, muitas pessoas se desacostumaram de comparar os preços não fazendo lista do que e quanto comprar. A disposição de não ser fiel à mesma marca e a de cortar supérfluos é crucial nesse cenário atual de inflação, onde a cesta básica já subiu 29% no primeiro semestre deste ano, segundo informa o Dieese. A cesta básica da cidade de São Paulo subiu 1,69% na semana entre 26 de junho e 3 de julho e superou a marca de R$ 300, tendo passado de R$ 299,22 para R$ 304,27.

Analisando especificamente o churrasco - que o brasileiro tanto aprecia -, percebemos que no período de junho de 1998 até junho de 2008 ele aumentou em média 180%. O índice IPCA (Índice nacional de Preços ao Consumidor Amplo) - que o governo utiliza para medir a inflação - subiu nesse mesmo período 90,97%. Detalhando a porcentagem de cada item que compõe o churrasco, percebemos que todos os itens tiveram aumento superior à inflação: a) costela de boi (207,13%); b) carne bovina de primeira (169,08%); c) frango (135,57%); d) alface crespa (123,61%); e) cebola (123,61%); f) pimentão (101,61%). Apenas a inflação dos ingredientes da salada de maionese ficou abaixo do IPCA: a) batata (81,82%); b) cenoura (73,21%); c) tomate (64,98%); d) cheiro verde e temperos (54,99%).


Nota do Editor: Marcos Crivelaro é professor PhD da FIAP - Faculdade de Informática e Administração Paulista e da Faculdade Módulo, especialista em matemática financeira e consultor em finanças.

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