Internautas poderão criar vídeos de suas próprias versões da fábula "Os Três Porquinhos", que já são contadas no hot site da campanha por personagens que imitam os presidentes Lula, Chávez e Fidel
Já imaginou como seria o presidente Lula contando a história do "Os Três Porquinhos"? E a mesma história contada por Chávez? E por Fidel? A agência Santa Clara (www.santaclara.net) lançou ontem, dia 04 de agosto, uma campanha de marketing viral pela Internet para promover o Festival Ibero-Americano de Publicidade, o El Ojo de Iberoamérica 2008 (www.elojodeiberoamerica.com), que será realizado de 29 a 31 de outubro, em Buenos Aires. Para reforçar a diversidade cultural dos países latino-americanos, que são representados no Festival através de agências de publicidade e peças de comunicação criadas no último ano, a Santa Clara colocou no ar hoje um hot site interativo (www.elojo.com.br) no qual os internautas poderão criar em vídeo suas próprias versões para o conto. Quem acessar o hot site já encontrará três divertidas versões narradas por Lula (três porquinhos companheiros que foram morar na Floresta Amazônica); Chávez (três porquinhos revolucionários, que ocuparam uma terra ociosa e construíram suas casas); e Fidel (uma história sobre porquinhos e a revolução, que começa nas camadas mais pobres, nos campos e nos canaviais). "No fundo a propaganda é uma história. Mas uma mesma história pode ser contada de formas diferentes dependendo da cultura e da nacionalidade de quem a conta. Por isso, decidimos escolher um conto bastante conhecido por todos para provar com mais facilidade esta teoria de que cada país tem um jeito de reproduzir a mesma história", assinala Fernando Campos, diretor de criação da Santa Clara. No vídeo colaborativo há opções de uma mão masculina e uma feminina que folheiam o livro para que o autor possa sincronizar seu áudio com o tempo de apresentação do filme. Os participantes deverão gravar suas versões e encaminhar por e-mail para Santa Clara, que irá escolher e fazer as edições das melhores. A história mais assistida de cada um dos países e as melhores narrativas ficarão em destaque no hot site. Todo material enviado pelos internautas será avaliado pelo júri do El Ojo de Iberoamérica 2008 e a melhor versão eleita ganhará um prêmio especial. Versão de Lula Era uma vez três porquinhos companheiros que foram morar na Floresta Amazônica, numa área demarcada, porque nunca antes na história desse país um governo defendeu tanto a Amazônia quanto esse. Um belo dia, o lobo da oposição resolveu jantar os porquinhos. Foi à casa do primeiro, que era de palha, porque ele tinha tido menas oportunidades. O porquinho não saiu e o lobo assoprou até a casa cair. O porquinho correu para segunda casa e lobo foi atrás. Mas, quando chegou lá, os dois tinham fundado um sindicato. Daí o lobo assoprou até a casa cair. Os dois porquinhos então fugiram para a casa do terceiro porquinho, que disse que não sabia de nada. Mas os dois porquinhos tinham provas e disseram que ou entravam ou iam contar tudo pra Veja. Eles entraram e o lobo chegou. Daí ele assoprou, assoprou e a casa não caiu. Vejem só, era o Brasil favorito contra a França em 98. O lobo ainda tentou assoprar uma última vez mas, quando viu que não adiantava, resolveu ir embora e se inscrever no bolsa-família, que é o maior programa de inclusão social da história desse país. E viveram todos felizes para sempre. Boa noite, companheiros. Versão de Chávez Era uma vez três porquinhos revolucionários, que ocuparam uma terra ociosa e construíram suas casas. Certo dia, um lobo quis se alimentar e decidiu derrubá-las. A primeira, feita de folhas de coca, caiu rapidamente e o porquinho que morava nela fugiu para a segunda casa, construída com cana de açúcar. O lobo também não teve dificuldades para derrubá-la e os dois porquinhos fugiram apavorados para a terceira casa, localizada perto de uma mina naturalizada. O lobo yankee tentou assoprá-la, mas não conseguiu. Venceu o amor e a dignidade latino-americana. E o lobo se mandou pelo Caribe para assustar outros porquinhos. Enquanto isso se acaba, claro, está o período eleitoral. Versão de Fidel Essa é uma história sobre a revolução. A revolução começa embaixo, nas camadas mais pobres, nos campos, nos canaviais. Esta é a história de três porquinhos que começaram uma revolução. Os três porquinhos valentes, idealistas, que acreditavam em um futuro mais justo para seu povo. Eles invadiram propriedades improdutivas da alta sociedade em nome da revolução, se emanciparam e ali construíram suas casas. Todas as casas eram exatamente iguais, como manda o ideal revolucionário. Obviamente, algumas eram mais iguais do que outras. Mas, isso é apenas um detalhe, não importa. Havia muita gente no bosque incomodada com aquela justiça social, com aquele bem-estar, dignidade e felicidade dos porquinhos. Como, por exemplo, o lobo capitalista feroz. Um dia, o lobo tentou acabar com a revolução, em um episódio conhecido como Bahia dos Porquinhos. Mas, os porquinhos se uniram, e dessa união surgiu uma revolução forte, douradora. Uma revolução que devemos amar e cultivar por muitos e muitos anos, mas sem perder a ternura jamais.
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