Dois pesos duas medidas
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Uma caiçara muito conhecida em nossa cidade conta que seu primo pescador, pessoa íntegra e honesta, ao tentar construir o seu ranchinho de canoa na praia da Maranduba, acabou condenado por cometer um crime ambiental (!?!) aos olhos cegos da Justiça que foi incapaz de enxergar que naquele local há tempos o mato havia sido consumido... Acabou pagando o pato!!!! Tamanho desgosto com a injustiça proveniente destas bandas, o caiçara vendeu seus apetrechos, subiu a serra e foi viver de construção civil. Os adeptos da “Lei de Gerson” burlam descaradamente a legislação e se beneficiam com a falta de fiscalização. Na foto acima vemos um caiaque numa marina improvisada pela natureza quase morta. Isso pooode... O desdém de muitos para com a natureza são constantes em meio à exuberante beleza de Ubatuba, queimadas intencionais no Morro do Ingá, derrubada de árvores ocasionais na Lagoinha... fica tudo por isso mesmo como dizem nossos velhos caiçaras... O que aconteceria se a polícia ambiental fiscalizasse rigorosamente nosso litoral? Alguém duvida que constatariam em simples rondas, crimes ambientais de fato? O caiçara, que vive da pesca artesanal é quem mais dá valor à terra, ao mar e sabe preservar como ninguém a fonte do seu sustento. Conceitos de preservação e sustentabilidade estão enraizados em sua cultura, em sua essência! Não podemos ignorá-los ou condená-los, devemos sim, orientá-los e respeitá-los!
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