Sonho à beira-mar!?
Arquivo UbaWeb |  |
Muitos sonham em ser proprietários de uma casa à beira-mar, mas olha o exagero, construir adentrando o mar!?! Sabem como é, o sonho de uns se traduz no pesadelo de outros, neste caso do meio ambiente e seu ecossistema. As construções na praia destoam da paisagem exuberante da Picinguaba e limitam o passeio na faixa de areia. O espaço que a natureza naturalmente não reduziu, o homem dizimou. A faixa de marinha, trinta e três metros a contar da linha da preamar-média do ano de..., pertence à União e é destinada ao uso comum do povo. Construções nessa área somente com permissão da Secretaria do Patrimônio da União (SPU). As construções retratadas acima não apenas invadem a praia, foram feitas na praia, na faixa da marinha! E com ou sem autorização do órgão federal afrontam a legislação. Afrontam direitos coletivos e difusos. É inqüestionável o prejuízo que uma edificação em faixa de marinha causa ao meio ambiente, a obstrução e o desvio natural do fluxo d’água, a interferência no fluxo da maré, a formação de novos bancos de areia. Por outro lado, é inqüestionável que também há de ser respeitado o direito daquele que ali se instalou, que não há de ser expulso de sua propriedade da noite para o dia, é preciso realocar, é preciso sensibilidade e bom senso. O patrimônio paisagístico de Ubatuba está ameaçado. Somente através de uma efetiva vigilância do Poder Público e da colaboração de todos será viável resguardar o meio ambiente da “privatização” e degradação, garantido às gerações futuras o direito ao meio ambiente sadio e ecologicamente equilibrado.
|