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Pacientes com câncer, segundo determina a legislação federal, são contemplados com prioridade no atendimento.

Ontem, 09 de setembro, uma paciente cancerosa prestes a submeter-se a nova cirurgia para retirada de resquícios de um tumor insistente, dirigiu-se ao Posto de Saúde para ser atendida por um médico ortopedista em consulta previamente agendada para acompanhar e investigar a debilidade oportunista que tem apresentado em suas pernas. Contudo, como faltava a transcrição de um encaminhamento, leia-se burocracia, ela teve que enveredar pelo caminho de espinhos de uma via-sacra que acaba como todos já sabem: EM NADA.

De posto a posto atrás de uma transcrição, não encontrou solicitude nos profissionais atuantes na área e quando retornou ao local onde consultaria o tal ortopedista, este já havia encerrado suas consultas e não se encontrava mais no Posto de Saúde. Ouviu a enferma que nada mais poderia ser feito.

Sem requerer a prioridade no atendimento aguardou pacientemente o horário de sua consulta. Perdeu a consulta tão aguardada, tão necessária ante o seu estado debilitado mas encontrou no seu fiel companheiro, um enorme cachorro vira-lata que se sensibiliza mais que muitas pessoas, alento e forças para clamar por socorro. É o que lhe resta. Que a ouvidoria do Ministério da Saúde intervenha por ela novamente e que o Ministério Público hoje se encarregue de fazer a sua parte depois de sua visita.

Ficar sem atendimento de suporte à uma doença que castiga a quem por ela é acometida por conta de burocracia é o quê senão descaso, desrespeito, desdém?

Maquiar problemas como o da saúde em nosso município não parece ser uma atitude matura por parte daqueles que detêm o poder, que se valem de afirmações inverídicas diante da imprensa apenas para fins eleitoreiros.