“Se queremos impedir a destruição do planeta temos que começar em nosso próprio quintal” - Shem, americano em protesto que virou assunto nacional nos EUA contra a derrubada de árvores.
Melissa Schirmanoff |  |
A intensa consciência ambiental nos dias de hoje nos impede de deixar passar em branco um triste capítulo das reurbanizações em nossa querida Ubatuba. Sob a égide de uma nova proposta urbanística, ontem, dia 11 de setembro, presenciamos a fúnebre cena da derrubada de uma árvore na Praça Dr Alberto Santos, antiga Santos Dumont, no Itaguá. Não interessa se há uma permissão para “retirar” ou mesmo “realocar” a árvore retirada, e se a mesma será “replantada”. Todo ato gera conseqüências, tendo um preço a ser pago. Estamos dispostos a encará-lo? Projetos de urbanização e revitalização de praças e espaços públicos deveriam se adequar à arborização existente no local e jamais ser encaradas como empecilhos ao embelezamento até porque sua presença enaltece a obra em si. Obras magníficas são projetadas respeitando-se a natureza. Se uma árvore atrapalha, é sinal que o projeto deve ser revisto. Já passou da hora das autoridades entenderem que Ubatuba é um local onde a grande maioria da população aprecia a natureza, tendo nas árvores um dos grandes atrativos. Poder sentar na sombra proporcionada por uma árvore seja nas praias ou em praças para apreciar as belezas naturais de nosso município é um privilégio, uma benção divina. A derrubada de árvores centenárias deveria ser discutida com a comunidade num ato de verdadeira gestão participativa. A população e a natureza devem se fundir harmoniosamente como parte integrante de um todo, cabendo ao administrador valer-se de maestria para chegar a um consenso, demonstrando maturidade e preparo. Avaliar os prós e contras de uma medida extremista como a adotada e pesar até que ponto uma muda de árvore plantada equivale a uma centenária realmente não é tarefa para qualquer um!
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