A queda das Bolsas mundiais parece impossível de ser interrompida. A Bolsa indiana despenca 5,4%, enquanto Taiwan perde 4,1%. Depois, o nervosismo contagia Londres e a Bolsa local cai 3,92% ao mesmo tempo em que o mercado francês retrai 3,78% e Frankfurt registra perda de 2,74%. As Bolsas de Valores americanas exibem seus piores números desde os ataques terroristas de 11 de Setembro. Dow Jones retrocede 4,42% e Nasdaq tem baixa de 3,59%.

No Brasil, o reflexo não é diferente, a Bovespa tem sofrido fortes quedas, na casa dos 7%. Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na tentativa de "acalmar" os mais desesperados, afirma que o agravamento da crise financeira nos Estados Unidos não vai interromper o ciclo de crescimento do Brasil porque o problema é lá e não aqui. Na internet, nas conversas de bar, no consultório médico o desabafo de muitos leva a uma questão: será que o ministro está de brincadeira?

É fato que a Bolsa está em baixa, mas é preciso paciência, pois haverá recuperação. O problema é justamente o tempo. Afinal, quando isso acontecerá? Para quem começou a operar na bolsa há pouco tempo, principalmente, estimulado pelas notícias de enriquecimento fácil e rápido e até mesmo pelas manchetes na mídia, a frustração é ainda maior ao perceber que ao invés de ganhar, está perdendo dinheiro. Mas o que fazer quando a Bolsa vai mal?

Essa é a hora de se preparar, de estudar opções de investimento, de arquitetar um plano de recuperação. Quando essa fase passar, apenas os mais bem preparados estarão prontos para reagir. Ler livros sobre o mercado e investimento, fazer cursos para saber como aproveitar o Tesouro, o mercado imobiliário, entre outras possibilidades. Estruturar um plano de ação para dois anos e verificar sua efetividade em sites de simulação, medindo os resultados em duas semanas são excelentes alternativas.

O maior inimigo de quem quer ganhar dinheiro é a pressa em ficar rico, pois a ansiedade faz com que a pessoa assuma riscos para os quais não está preparada. Não é à toa que os maiores investidores do mundo têm, no geral, um perfil conservador, pois é esse estilo que faz uma pessoa ficar rica.

Grandes investidores operam pouco, e só compram ações quando todos os seus critérios ideais estão de acordo. Não brincam, não fazem uso da bolsa semelhante a um jogo de bingo. Investidor mediano é que age pelo impulso. Afinal, as ações da Vale e da Petrobras, que são as vedetes de hoje, já tiveram quedas que somadas beiram aos 20%. Só que podem cair mais 20% antes de iniciarem uma retomada de valorização. Você está preparado para esse cenário?

Nota do Editor: Ricardo Melo (www.institutoricardomelo.com.br) é escritor, especialista em Coaching de executivos e de atletas profissionais e trainer em Programação Neurolinguística. Criou o Instituto Ricardo Melo, que ministra cursos de educação financeira e que obteve reconhecimento internacional da ONU para participar de eventos que envolvam a instituição.