Noites tristes,
noites remotas...

Amores secretos,
amores profanos,
amores tristes e vagos
da Lua profética.

Lua negra, do negro luar
que em oito faces
tem oito fases

Da floresta houvesse
murmúrios infernais,
houvesse lamentos,
prantos, gritos de dor
selvagens, insanos,
à noite, na escuridão.

No orvalho da noite,
que cobre rosas,
lírios e magnólias,
na noite houvesse
juras de amor,
na floreta...

São juras profanas,
de amores sinceros
e proféticos

São juras insanas!
São juras de amor!

Nota do Editor: Samuel C. Costa é cronista e poeta em Itajaí (SC).