Luiz Moura

Não são poucos os que me chamam de enxerido, mas os que aprovam as minhas “intromissões” são, indiscutivelmente, em quantidade bem maior, pois na pauta d’O Guaruçá destaco os interesses dos que se calam (e esses, pelas mais variadas razões, são numerosos).

A lei que trata do uso e ocupação do solo urbano, basicamente datada de 1984, transformou-se, ao longo dos anos, em uma colcha de retalhos para os desejos de alguns. Breve, o Executivo fará aprovar (novamente) uma substituta que, pelo tempo de circulação do “projeto” em áreas restritas, iniciará viciada.

Destacar a necessidade da elaboração de um “Código de Obras” para o município no contexto atual, e ainda mais quando os pretensos legisladores nem sequer conseguem "enxugar" a legislação que atravanca o desenvolvimento local, pode parecer fora de hora, mas...

Me soa estranha a quantidade de vãos para ventilação e/ou iluminação na divisa do imóvel retratado acima. Fazendo frente para a avenida Leovigildo Dias Vieira, no Itaguá, e possuindo uma pequena testada, a altura da obra chama a atenção dos transeuntes. Falar em recuos laterais pareceria ofensa, pois inviabilizaria o “empreendimento”, portanto, fico apenas no alerta para a transformação da “fachada” de um “boulevard” que ainda se apresenta como cartão-postal.

(O processo de verificação da legislação municipal, sem a utilização da Internet, é demorado, incômodo e caro. O Legislativo não mantém atualizado o sistema de pesquisas na legislação vigente, existente em seu site, e o Executivo não possui tal dispositivo.)