Com o tempo vou aprendendo, A carregar meus sofrimentos, Como uma bagagem que Por algum motivo ou destino, Precisam ser apenas por mim transportados. Com o tempo vou aprendendo A delimitar meu espaço, Tentando compreender que as negativas ações Fabricadas pelas mãos humanas, Não são portas que posso sem licença arrombar. Com o tempo vou aprendendo A abrir os braços na chegada Controlando as dores da saudade antecipada, Na hora de ofertar o beijo da despedida. Com o tempo vou aprendendo Que não devo exercer austera, as minhas vontades Pois não sou dona da verdade nem das vidas Que pela minha vida passaram... Com o tempo vou aprendendo A chorar sem me envergonhar, Aceitando que humanamente Também posso e tenho o direito de errar! Sem esquecer meus acertos, nem meus valores e méritos, Porque destes... - Não devo me separar. Com o tempo vou aprendendo Que posso ser melhor a cada dia, Sem usar parênteses ou aspas em minhas conjeturas, ao justificar meus defeitos Para outros... Covardemente, culpar. Nota do Editor: Elizabeth Misciasci (www.jornalista.eunanet.net) é jornalista, escritora humanista, pesquisadora, presidente do Projeto zaP! e editora Executiva da Revista zaP.
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