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23/12/2008 - 13h11
Separação: como ficam as crianças?
 
 
Especialista avalia como pais devem agir para evitar traumas quando o assunto é o divórcio

Há 31 anos, a Lei 6515 sobre divórcio permite a separação oficial de casais. As mudanças no comportamento das mulheres, a pressão da vida a dois, a influência da rotina e do estresse foram fatores que também influenciaram o número de separações que aumenta surpreendentemente. Conforme estatísticas do IBGE, a cada cem uniões oficiais no Brasil, 30 acabam em divórcio ou separação. Anualmente, acredita-se que cerca de 200 mil crianças passam pela experiência de separação dos pais. O professor da UFMG e USP com doutorado em psiquiatria infantil, José Raimundo da Silva Lippi, alerta que para esse processo não comprometer a formação e o desenvolvimento dos filhos, é necessário que as famílias estejam preparadas para anunciar o fim do casamento e saibam como lidar com as conseqüências desta decisão.

Ele explica que muitos pais deixam de informar seus filhos por acreditarem que são "novos" e não entenderão a situação. Contudo, a criança em qualquer idade percebe quando uma mudança está ocorrendo e só aguarda a confirmação. Dessa forma, a decisão tomada deve ser comunicada com clareza e diretamente para o filho, usando uma linguagem adequada à idade dele e sem detalhes que possam confundi-lo.

Os pais também devem esclarecer sobre como ficará a custódia para que os filhos não se sintam abandonados. É importante assegurar que continuarão a receber os cuidados, mesmo daquele que estará ausente do lar no cotidiano. "As crianças precisam ser encorajadas a conversarem sobre seus sentimentos, sem serem julgados. Se apresentarem dificuldades em se expressarem, os pais podem ajudá-los, admitindo, por exemplo, seus próprios sentimentos de tristeza e confusão. No caso de divórcios complexos e problemáticos, as crianças podem se identificar com um dos pais e culpar o outro como responsável pela situação. Nesses casos, é recomendável terapia para casal e os filhos", acrescenta Lippi.

As crianças em idade pré-escolar, em geral, são as mais atingidas pelos efeitos negativos da separação, porque o desenvolvimento cognitivo ainda não permite a elas compreender a situação. Os bebês com até dois anos podem desenvolver atitudes mais medrosas e apresentar até certa regressão. Quanto mais apegada à figura que se ausenta, mais o bebê viverá um sentimento de perda e poderá entrar em depressão. Crianças de quatro e cinco anos tendem a fantasiar a separação como temporária, assim como quando brigam com seus amiguinhos e depois fazem as pazes.

Já, a criança em idade escolar compreende melhor a situação e as razões para a separação, embora muitas vezes se sinta abandonada e com raiva dos pais. Em muitos casos, o rendimento escolar é prejudicado e surgem alterações de comportamento em casa e na escola, tornando-se impulsiva, desrespeitando regras familiares, ao mesmo tempo em que demonstra maior dependência e ansiedade.

"Atualmente, já existe uma evidente reação contra a tendência protecionista do Judiciário em consagrar a mãe com a maior parte do tempo de permanência com o filho". O convívio cotidiano e as escolhas de cada dia são decisivos na educação dos filhos, na formação do caráter e da personalidade. Eles devem sentir que ambas as partes pensam neles e cuidam de seus interesses, o que nem sempre é assim. Quando o casal não se entende, mas são pais adequados, a presença em tarefas de pai e mãe necessita ter freqüência adequada e isto implica em guarda compartilhada. "O ideal é equilibrar direitos e deveres entre homem e mulher, não só em relação aos interesses dos genitores, mas, principalmente, aos da criança", afirma Lippi.

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