Não posso deixar de pensar que Nem tudo é clima de festas, Nem todos os lares terão mesas repletas, Nem todas as famílias estão completas. Não consigo ignorar O sonho que não existe Na lágrima que persiste, No fundo de um olhar triste. Não posso passar sem lembrar Da infância tão destratada Das vítimas degradadas Das crianças barbarizadas. Não dá para disfarçar, Sabendo de tantas dores, Diante de malfeitores Do mal me quer sem amores. Não posso silenciar, Fingindo ser tudo perfeito Cotidiano verdadeiro... Que se fez meu/teu parceiro Convivência do ano inteiro. Que cada bola que enfeita uma árvore, Não seja apenas um adorno, Mais que simbolize uma oração, Sem o desvio do significado Do sentido real tão massacrado. Que a paz, a fé, a força e a coragem, Impere em cada lar, em todo canto familiar, Nos ambientes repletos e nos lares incompletos E que não nos façamos indiferentes Independente de ser Natal, Mas que seja daqui pra frente... Humanidade, amor e fraternidade, Hoje, amanhã e sempre! Nota do Editor: Elizabeth Misciasci (www.jornalista.eunanet.net) é jornalista, escritora humanista, pesquisadora, presidente do Projeto zaP! e editora Executiva da Revista zaP.
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