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Poesias
04/01/2009 - 16h21
Eu pedi um amor
Celamar Maione
 

Nas noites solitárias,
Um dia, pedi um amor aos anjos
Um amor que ao mesmo tempo fosse homem
E também menino
Para podermos rir juntos de vez em quando.
Virar adolescente,
Corar o rosto,
Sentir vergonha
E rejuvenescer por fora e por dentro!
Eu pedi um amor aos anjos
Não precisa ser perfeito, perfeição não existe
Os seres que se dizem perfeitos são muito chatos,
Até mesmo monótonos.
E como eu não sou perfeita,
Não vou exigir perfeição do meu amor.
Eu pedi um amor aos anjos
Tranqüilo, sereno, inteligente
Sensível o suficiente para me entender,
Mesmo que muitas vezes eu não o entenda.
Mas entre um desentendimento e outro,
Nós seguiremos no doce sabor de um amor.
Eu pedi um amor aos anjos
Nada de água parada
As águas paradas não se renovam
E ele, assim como eu, também precisa se renovar,
Crescer, ficar sozinho para poder se conhecer melhor.
Eu pedi um amor aos anjos
Para poder acariciar,
Deixar sozinho quando precisar
E ajudar quando quisesse meu ombro amigo
Eu pedi um amor aos anjos
Que de vez em quando me fizesse sair do sério.
Me enlouquecesse de tesão
Só com seu toque carinhoso
Eu pedi um amor aos anjos
Que pudesse tirar de mim
Tudo o que tenho de bom
Os sonhos mais loucos
O sorriso mais puro
Eu pedi um amor aos anjos
Que não me deixasse constrangida ao pedir perdão
Assim eu ficaria mais à vontade para ser eu mesma
Em pleno flagrante de amor.
Eu pedi um amor aos anjos
Que explodisse de vez em quando,
Assim ele também saberia entender
Os meus momentos de explosão.
Eu pedi um amor aos anjos
Mas se ele não chegar antes da minha partida
Nesta louca estrada da vida
Faça ao menos, que pelo menos,
Eu cruze com ele no meu caminho,
Um instante que seja.
Eu juro meu anjo, vou saber reconhecer!!
Mesmo que ele não me reconheça!!
E agradecer por ele existir!!


Nota do Editor: Celamar Maione é radialista e jornalista, trabalhou como produtora, repórter e redatora nas Rádios Fm O DIA, Tropical e Rádio Globo. Atualmente, é Produtora-Executiva da Rádio Tupi. Lecionou, recentemente, Telemarketing, atendimento ao público e comportamento do Operador, mas sua paixão é escrever, notadamente poesias e contos.

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