O ano de 2008 foi de crescimento: na quantidade de malwares,em infecções, no número de botnets e lucros ilícitos. Na visão da F Secure, é necessário um aumento na punição para aqueles que conduzem estas atividades criminosas
Em seu "Sumário de Dados de Segurança de Final de Ano para 2008", a F-Secure explica porque 2008 foi outro ano com recorde no crescimento explosivo de software malicioso (malware) na Internet. A contagem de detecção da F-Secure triplicou em um ano - significa que a quantia total de malwares acumulada nos 21 anos anteriores aumentou em 200% no decorrer de apenas um ano. A atividade criminosa que visa ganho financeiro, continua sendo a condutora do aumento massivo das ameaças da Internet. O malware atual é produzido por grupos criminosos altamente organizados que usam técnicas cada vez mais sofisticadas. Neste ano foi possível ver a atividade crescente de botnets ao redor do mundo. Estas redes de computadores infectados, remotamente controladas, continuam sendo o principal desafio para a indústria de segurança de TI devido ao nível cada vez maior de sofisticação na elaboração de spam e e-mails com mensagens contendo códigos maliciosos ou phishing. Em 2008, as falhas de segurança renderam notícias, citando alguns exemplos: a quantidade de malwares (produzidos em chinês) aproveitando-se do tema das Olimpíadas de Beijing e os ataques realizados por crackers utilizando o tema "Candidatura Presidencial Americana". Três importantes hospitais de Londres foram afetados por uma epidemia de vírus de computador, enquanto o Departamento de Defesa dos Estados Unidos decidiu banir o uso de cartões de memória USB devido a ameaça a segurança que apresentam. Em 2008, o malware foi até no espaço como um ladrão de senha de jogos on-line que fez a sua passagem para a Estação Espacial Internacional por meio de um laptop infectado. Levar os criminosos da Internet à Justiça continua sendo uma tarefa desafiadora, mas houve alguns sucessos recentes. Uma operação do FBI fechou o Dark Market, um site para comercialização on-line de números de cartões de crédito roubados e serviços ilegais. O trabalho investigativo jornalístico conduziu ao fim da McColo Corp. que hospedava as principais botnets, resultando em uma queda temporária na quantidade de e-mail spam. A Microsoft apresentou ações judiciais contra os fornecedores de aplicativos de segurança desonestos, tentando assustar internautas em comprar produtos inúteis. Apesar destes sucessos, o crime na Internet está agora mais predominante e mais profissional do que antes. A F-Secure acredita que, contra um cenário de crime na Internet aumentando exorbitantemente, a incapacidade óbvia das autoridades internacionais e nacionais em prender, processar e sentenciar os criminosos da Internet é um problema que precisa ser resolvido. Um pedido para o estabelecimento de uma "Internetpol" para atacar o crime on-line - feito por Mikko Hyppönen, Chefe dos Laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento da F-Secure - foi recebido com grande interesse internacionalmente. Hyppönen diz: "O fator preponderante hoje, é que poucos criminosos são punidos. Como resultado, nós estamos transmitindo a mensagem errada a eles: aqui está uma forma de se fazer muito dinheiro e você nunca será pego ou punido". Segundo Gabriel Mernegatti, Diretor da F-Secure no Brasil, "A F-Secure coopera com todas as instituições internacionais que combatem o crime organizado na Internet, como Interpol, CIA, FBI, entre outros. Esperamos que neste ano, as instituições brasileiras também dediquem um pouco mais de atenção aos crimes virtuais, pois muitos deles são originados no Brasil, como pudemos conferir nos noticiários ao longo do ano passado". O "Sumário de Dados de Segurança de Final de Ano para 2008" completo está disponível em www.f-secure.com/2008.
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