Luiz Moura

Pelo andar da carruagem, infelizmente, “eles” conseguirão atingir o objetivo perseguido: descaracterizar o Cruzeiro, a amendoeira centenária (já destruíram uma), a praia onde José de Anchieta escreveu o Poema à Virgem, enfim, um patrimônio que divulgou Ubatuba, no mundo todo, por muito tempo.

Vivenciamos a era do “nunca antes”. Tempos difíceis! Os cidadãos são preteridos. Os puxa-sacos e os que se declaram “crentes” ganham lugares de destaque. (E ainda existem os apoiadores cabeludos que em datas sacras se mostram como puros. São vendilhões travestidos de santos em busca do lucro fácil, personificações do mal.)

Quando uma “praça de alimentação” foi criada com a recente reurbanização da avenida Iperoig, no Centro, muitos pensaram que tudo seria concentrado em um único ponto. Ledo engano. Basta percorrer o calçadão para notar que uma nova “zona” aparece.

Por enquanto, apesar da falta de manutenção, ainda podemos ver o Cruzeiro, mas a cada dia que passa ele é mais escondido. Cadê o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico)? Não vou questionar a Fundart (Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba), pois o assunto é sério.