Da folha vazia, Do vazio do meu ser, Do vácuo existente no viver, O que poderá surgir? Junto as palavras, Refaço as rimas, Componho as linhas melódicas Em versos brancos. Percebo que não há nada por refazer. Assinalo a métrica. Insisto no sentimento que palpita No ritmo do coração. Vou escrevendo, me desnudando. Onde está a poesia? A poesia está justamente nesse momento único: Eu – feito palavra. Palavra que constrói, Que se faz concreta, Que é ponte, união. De versos livres, Umbilical cordão. Nota do Editor: Benedito Cesar Silva (www.beneditocesar.com) é escritor profissional.
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