Billabong Pro começa logo no primeiro dia do seu prazo na Espanha.
| Pierre Tostee |  | | | O surfista brasileiro Victor Ribas no Billabong Pro Mundaka. |
|
A última etapa do ASP Foster’s World Championship Tour (WCT) antes do Nova Schin Festival WCT Brasil 2004 foi iniciada logo no seu primeiro dia do prazo que vai até o dia 16 na Espanha. A terça-feira amanheceu sem ondas na maré cheia em Mundaka, mas quando o rio Guernika começou a drenar por volta do meio-dia, boas esquerdas de 1 metro de altura começaram a aparecer e os organizadores decidiram iniciar a primeira fase classificatória do Billabong Pro Mundaka em Euskadi. O cabo-friense Victor Ribas marcou a estréia do Brasil na Espanha com vitória no segundo confronto do dia, mas os outros quatro brasileiros que competiram nas nove baterias realizadas acabaram sendo mandados para a repescagem. Três deles perderam para os líderes do ranking, Andy Irons (HAV), Kelly Slater (EUA) e C. J. Hobgood (EUA). Agora, só o catarinense Neco Padaratz, o carioca Raoni Monteiro e o potiguar Marcelo Nunes podem garantir classificação direta para a terceira rodada do evento que encerra a "perna européia" do WCT 2004. O havaiano Andy Irons, que no domingo ampliou sua vantagem na liderança com o bicampeonato conquistado no Quiksilver Pro France, estreou muito bem no Billabong Pro Mundaka registrando a maior pontuação do primeiro dia de disputas na Espanha. Ele abriu a oitava bateria com uma nota 9,5 e depois ainda tirou um 8,0 para totalizar 17,50 pontos de 20 possíveis. O paranaense Peterson Rosa terminou em segundo lugar com 15,10 pontos e o norte-americano Peter Mendia, que está competindo como convidado, ficou em último somando 12,90 pontos. "Eu estava um pouco nervoso, porque as ondas estavam meio irregulares na bateria", confessou o bicampeão mundial. "Eu pensei até que a maré estava enchendo outra vez, mas por sorte apareceu uma boa onda do nada e eu consegui aplicar alguns floaters bem longos para receber um 9,5 na primeira onda", contou Irons, que pegou uma infecção intestinal após a vitória na França. "Acho que comi alguma coisa estragada e não sabia como o meu corpo ia reagir na bateria, pois ainda me sinto um pouco fraco. Mas, agora posso relaxar pelo menos por mais um dia, porque só volto a competir na terceira fase". Antes desta bateria, o norte-americano C. J. Hobgood, que caiu para a terceira posição no ranking na França, também estreou com vitória sobre o niteroiense Guilherme Herdy e o franco-brasileiro Eric Rebiere pelo placar de 16,34 x 13,83 x 9,97 pontos, respectivamente. E depois, o defensor do título do Billabong Pro Mundaka, Kelly Slater, arrancou a maior nota da terça-feira - 9,73 - também com longos floaters, para derrotar o pernambucano Paulo Moura e o espanhol Hodei Collazo por 16,63 x 12,60 x 11,60 pontos, respectivamente. Mas, no último confronto do dia um dos candidatos ao título mundial de 2004 acabou sendo derrotado e vai ter que encarar a repescagem pela segunda vez seguida. Depois da vitória na etapa norte-americana, onde derrotou Kelly Slater na grande final, o australiano Joel Parkinson foi barrado pelo cabo-friense Victor Ribas nas oitavas-de-final na França e agora, em sua estréia na Espanha, foi superado pelo norte-americano Cory Lopez. Ao contrário, Victor Ribas começou bem nas ondas de Mundaka e só precisou de 12,33 pontos para derrotar os australianos Jake Paterson (7,60) e Toby Martin (7,93) no segundo confronto do dia, quando as ondas ainda não apresentavam as melhores condições. "As séries estavam muito inconsistentes, então eu tentei pegar o máximo de ondas possível", disse Victor Ribas, único brasileiro que já garantiu classificação direta para a terceira rodada do Billabong Pro. "Mundaka é um lugar maravilhoso, eu me sinto muito bem aqui e acho esta uma das melhores ondas do mundo para competir", elogiou Vitinho. O Billabong Pro está sendo transmitido pelo www.billabongpro.com com três ângulos diferentes de câmeras registrando toda a ação dentro da água, além de câmeras também na área dos juízes e na dos atletas, entrevistas ao vivo, replay dos melhores momentos, além de locução em cinco línguas, inclusive em português com o diretor regional da ASP na América do Sul, Roberto Perdigão.
|