O tempo corre a seu modo, Sem ninguém consultar. Quieto, Não importando o seu trote Lá vai ele em seu galope, Trovando o vento e a brisa Sem pestanejar. Neste trote apressado, Segue o tempo a tropicar em seu passo, Não se importando com as marcas Que são deixadas na face amargada Pela saudade já empoeirada Pelo apressado passo Do tempo que anda... Sempre atrasado. Saudade! Oh! Saudade! Como dói seu passo, Que aperta o pulsar flamejante... Que habita... Entre minhas costelas, Fazendo-me sentir o tempo Mais lento, A queimar minha alma em seu vagar... Como a um punhal atravessado Cravado... Entre a lembrança e a distância... De meu bem querer.
Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
|