A noite termina em teu riso E em tua voz macia e exata. O teu calor peço, dele preciso Pois vem tão fria a madrugada. Os dias a teu lado já não conto Por serem leves, apenas vivo E já não me vem o espanto De ir na rua alegre sem motivo. O teu silêncio me assusta um pouco Mas logo volta o verbo e o alívio, E beijo devagar o teu pescoço. Não abandono o costume antigo De chegar bem perto de teu corpo, Beijar teu ventre e teu umbigo. Nota do Editor: João Alexandre Sartorelli é Analista de Sistemas por profissão e poeta por vocação.
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