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COLUNISTA
Nenê Velloso
28/04/2009 - 18h06
Construindo o passado III - 1
 
 
História da Educação
Arquivo Nenê Velloso 

O Grupo Escolar Dr. Esteves da Silva foi fundado em 18 de julho de 1896, em Ubatuba (SP). A imagem acima (à esquerda) mostra a inauguração da secção feminina que aconteceu às 11 horas do dia 30 de setembro de 1897, um ano após sua fundação. À direita, vemos o seu primeiro diretor, o professor Luiz Mariano Bueno, que se manteve no cargo por 11 anos, da fundação até 19–03–1907, quando pediu licença para tratamento de saúde, vindo a falecer em 29-03-1908. Antes, porém, designou o competente colega, o professor Cel. Luiz Domiciano da Conceição, para substituí-lo. (Dados extraídos do livro de atas)

Quando olhamos para a história do Brasil e refletimos sobre ela, vamos encontrar as explicações para a história da nossa educação. Há que se buscar na história portuguesa e no seu desdobramento em terras brasílicas o lugar que a escola ocupou na organização social. Pelas letras se confirmava a organização da sociedade. De 1500 a 1822, período em que o Brasil foi colônia de Portugal, a educação feminina ficou geralmente restrita aos cuidados com a casa, o marido e os filhos. A instrução era reservada aos filhos/homens dos indígenas e dos colonos. As mulheres não tinham acesso à arte de ler e escrever.

Por ironia, a primeira reivindicação pela instrução feminina no Brasil partiu dos indígenas brasileiros que foram ao Pe. Manoel da Nóbrega pedir que ensinasse suas mulheres a ler e escrever. A solicitação foi feita, por carta à rainha de Portugal Dona Catarina, a qual negou a autorização. Alguns autores afirmam que a primeira mulher brasileira que sabia ler e escrever era indígena. Em 1561 Catarina Paraguassu escreveu de próprio punho uma carta ao Pe. Manoel da Nóbrega. Até 1627, somente duas mulheres de São Paulo sabiam assinar o nome. As mulheres cultivavam o ócio apenas quando era possível.

No momento em que as circunstâncias exigiam uma presença decisiva na esfera de atuação administrativa, os atributos de passividade caiam por terra. De 1578 a 1700, 450 inventários foram levantados e neles apenas duas mulheres sabiam ler e escrever. Somente com a vinda da Família Real e sua Corte é acelerado um processo de instrução primária que se encontrava em andamento. No início do Séc. XIX, sob o reinado de D. João VI, se inicia um controle do Estado sobre a educação formal e as primeiras iniciativas para organizar o Sistema de Instrução Primária. Mas, é somente após a Lei Geral do Ensino de 1827, durante o Primeiro Império que a intervenção Estatal se efetivara quanto à organização docente.

As mudanças sociológicas do corpo docente primário, produzidas no Séc. XIX criaram condições para o nascimento das primeiras associações profissionais. Em 1845 seu vice-presidente discursava na Assembléia Legislativa “A nossa primeira necessidade é a instrução; não a instrução concentrada em poucos, senão derramada por todas as classes”. Os primeiros decretos de criação de escolas normais no Brasil remontam às décadas de 30 e 40 no Séc. XIX. Os anos 20, já no Séc. XX trouxeram a aceleração do crescimento urbano, a proposta de escolarização de massas, a contabilização mais pormenorizada do tempo e a profusão das informações.

Todas essas características estão claras na metodologia de ensino que a professora Dionísia Bueno Velloso, nos relata. Isto mostra que o trabalho de formação desses professores era intenso e tinha acompanhamento especializado nos conceitos que a Escola Nova preconizava. A página da história da Educação que a professora Dionísia escreveu em 1927, ainda é atual em muitos recantos do nosso País. Agora, vamos viajar com ela e refletir sobre o tema “Educação Brasileira”. (500 anos de educação no Brasil - Organizado por: Eliane Marta Teixeira Lopes, Luciano Mendes de Faria Filho, Cynthia Greive Veiga- Belo Horizonte, 2000, 2ª edição, Autêntica Editora.)

[Clique aqui para acessar a listagem dos textos (já publicados) da série Construindo o passado III.]


Nota do Editor: Francisco Velloso Neto, é nativo de Ubatuba. E, seus ancestrais datam desde a fundação da cidade. Publicado no Almanak da Provícia de São Paulo para o ano de 1873. Envie e-mail para thecaliforniakid61@hotmail.com.
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