Atualizar e modernizar o sistema de pesquisa do folclore é o principal objetivo do 11º Congresso Brasileiro de Folclore, que será realizado de 19 a 22 de outubro, em Goiânia. A proposta dos organizadores é trocar experiências para sistematizar um método de registro dos fatos folclóricos, que retrate a riqueza da cultura expressada em cada região do País.

"Hoje, os arquivos sobre o folclore são rudimentares, pois os pesquisadores fazem seus registros de diferentes maneiras", explica o coordenador-geral do Congresso, Ladislau Couto. Com o congresso deste ano, pretende-se adotar a fotografia e a filmagem - além da escrita - no registro de atividades folclóricas. Universidades, fundações, centros de pesquisa e embaixadas vão apresentar experiências para que a metodologia de pesquisa seja elaborada da forma mais completa possível.

O Congresso vai trilhar dois caminhos importantes: de um lado, as discussões e análises técnico-científicas envolvendo folcloristas, estudiosos, professores e cientistas sociais. Ao mesmo tempo, vai procurar desenhar um rico mosaico do folclore brasileiro, com apresentações e atividades culturais durante todo seu período de realização.

Durante o evento, serão realizadas oficinas, cursos de atualização, salão do artesanato tradicional, mostra de audiovisuais, festivais culturais, concurso de redação e exposições paralelas.

Histórico - O 1º Congresso Brasileiro de Folclore foi realizado no Rio de Janeiro, em 1951, legando a Carta do Folclore Brasileiro, com os princípios fundamentais, as normas de trabalho e as diretrizes que devem orientar as atividades do folclore brasileiro. Em 2000, em Porto Alegre, o 9º Congresso debateu a relação entre folclore e educação, recomendando a criação de uma Comissão Especial para estudar a conceituação do folclore nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Já em 2002, em São Luís, o último Congresso analisou o folclore em relação ao turismo, a tradição frente à modernidade.