Conhecer muito bem uma área específica ou ser capaz de se movimentar entre por todas, ainda que mais superficialmente? Que tipo de características de um profissional o mercado está buscando atualmente? Generalistas versus Especialistas. Esse é um dos temas mais discutidos quando falamos em gestão de carreira. Em primeiro lugar, é preciso saber o que um profissional objetiva para o seu futuro. Ele pode ser um especialista muito bom e renomado em sua área de atuação, como também pode ter como objetivo assumir cargos de coordenação, gerência ou direção de uma companhia. No primeiro caso, é recomendado que o indivíduo invista pesado na aquisição de conhecimento e faça cursos que o ajudem a aprimorar seu currículo e seu know-how. Já no segundo, em que é preciso ter uma visão mais ampla dos objetivos da organização, o pensamento estratégico e a visão global dos acontecimentos devem ser intensamente ampliados e isso é algo que vai além do simples conhecimento técnico. O que as empresas esperam varia muito do setor em que ela atua, da experiência do candidato e também da situação financeira e estrutural em que ela se encontra. Para os juniores, por exemplo, o esperado é que sejam especialistas em determinado setor. Os novatos precisam focar em uma determinada área e, quanto melhor forem naquilo que fazem, mais chances terão de subir de cargo e pensar se querem ou não ser um generalista. Enquanto isso, os mais experientes são capazes de pensar o todo, ou seja, traçar planos de ação que envolvam diferentes áreas e pessoas com focos distintos. Ao contrário do que muitos pensam, uma pessoa pode sim ocupar um cargo de liderança sem nunca ter passado pela parte técnica ou então não ter a mesma formação que os outros profissionais com nível hierárquico mais baixo. Desde que essa pessoa tenha em mente que precisará atuar para gerenciar bem as atividades e trazer resultados para a organização, não haverá grandes problemas. Isso pode culminar em certo preconceito por parte da equipe, mas, com inteligência e sabedoria na gestão de pessoas, esse profissional pode lidar e reverter a situação. Para os que pretendem ocupar um cargo mais elevado, primeiro é preciso ter paciência e subir um degrau de cada vez, problema muito comum na Geração Y - jovens de até 30 anos - que tem o imediatismo como forte característica. E depois, que tenham em mente que é preciso livrar-se do unidirecionamento da visão da parte técnica e pensar mais nas ações coletivas e no modo com que suas habilidades podem contribuir para o bom desenvolvimento da empresa. Nota do Editor: Renato Grinberg é diretor Geral da Trabalhando.com.br e especialista em mercado de trabalho. Aos 35 anos, Grinberg tem em seu currículo passagem por várias multinacionais, como a diretoria Geral da Latin American Multichannel Advertising Council (LAMAC), além de uma carreira internacional tendo trabalhado em empresas como a Sony Pictures e Warner Bros. em Los Angeles. Renato é formado em Música e Filosofia pela FAAM, pós-graduado em administração de empresas pela UCLA e possui MBA pela University of Southern California, Marshall School of Business.
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