| Rick Werneck / Divulgação |  | | | A surfista Juliana Guimarães, em ação no Petrobras Feminino 2004, em Ubatuba. |
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Atual 5ª colocada no Super Surf e vindo de uma final bem disputada na etapa de abertura do Circuito Petrobras Feminino, em Ubatuba, a surfista Juliana Guimarães, da equipe AntiQueda, diz estar num de seus melhores momentos na carreira, tanto na parte física quanto psicológica. "Estou mais madura, mais concentrada nos meus objetivos e isso está melhorando a minha performance competitiva. Dei azar nas duas primeiras competições, por causa de interferências, mas sei que posso me recuperar", diz a surfista de 23 anos, que foi vice-campeã brasileira profissional em 1999 e 2001. A atleta de Niterói está treinando no litoral norte de São Paulo, já visando a 2ª etapa do Super Surf, entre os dias 21 e 25, na praia de Maresias, em São Sebastião. "Decidi ficar em Ubatuba, porque vai entrar um swell forte. Depois vou para Maresias, treinar muito", afirma a atleta, que também tem o patrocínio da Lui Lui, Tent Beach e pranchas Merre. "O equipamento é muito importante para boas apresentações, mais segurança nas manobras", destaca. Coincidentemente Juliana comemorou a sua última vitória de destaque no "palco" da próxima etapa do Super Surf, no ano passado, durante o Billabong Girls Pro. "Maresias é um lugar que eu gosto muito. Me sinto bem e tive bons resultados lá. Espero começar a minha subida lá", afirma a atleta, que também não quer mais saber de interferências (quando a surfista atrapalha a onda da adversária e é punida com a perda de nota). "Na 1ª etapa do Super Surf (Florianópolis) estava muito bem nas quartas-de-final, mas entrei numa onda e como a Suelen (Naraísa) tinha a prioridade, acabei cometendo interferência", recorda. "Agora em Ubatuba, errei em cima da Silvana (Lima). Terminei em 4º lugar. Se não fosse isso, poderia ter ficado em 3º, porque a Titã (Tavares) e a Silvana estavam impossíveis", assume. "Elas estão num nível muito bom. Isso é reflexo de competir no Circuito Mundial", justifica a atleta, que este ano venceu um campeonato por equipes, defendendo Niterói, junto com o experiente Ricardo Tatuí, Guilherme Sodré e Ben Borges. Competindo como profissional desde 98, ela tem participações em etapas do Circuito Mundial WQS, nos Estados Unidos e na África do Sul. No free surf, já surfou as ondas do Havaí (duas vezes), México, Costa Rica e Panamá. Também já "pegou" ondas na Pororoca, em plena selva amazônica, no Rio Araguari. Com sede em Santos, a AntiQueda acaba de completar 15 anos de mercado. Além de Juliana, a equipe conta com Almir Salazar, considerado uma lenda na modalidade, e Leco Salazar, de apenas 16 anos, apontado como uma promessa da nova geração e filho de Picuruta Salazar, o maior surfista brasileiro de todos os tempos. Outro investimento é o patrocínio, desde o início, do Circuito A Tribuna de Surf Colegial, que este ano chega à sua 9ª edição. "Nosso foco é 100% surf e nada melhor do que incentivar o estudo entre a nova geração, melhorar a imagem do esporte. Esse circuito acabou servindo como incentivo para outros em todo o País", ressalta Paulo Sérgio Nogueira Lopes, o Paulinho, diretor da AntiQueda.
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