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SEÇÃO
Educação
07/08/2009 - 16h07
Escrever bem pode render um estágio
Luiz Gonzaga Bertelli
 

Arrisco dizer que nunca os jovens escreveram tanto. A internet, com seus blogs e redes sociais, força a prática da escrita, o que infelizmente - para preocupação de professores e recrutadores ¬- não implica necessariamente o aprimoramento geral das redações ou o desenvolvimento das habilidades de expressão e de argumentação. Ao contrário, há um consenso de que o "internetês" contribui para o "desaprendizado", agravando as deficiências conhecidas e reconhecidas dos estudantes. O processo, que começou com as reduções de palavras ("vc" em vez de "você"), agora afeta acentuações ("naum" no lugar de "não") e até dispensa a concatenação de idéias. A boa prática do idioma há bom tempo vem perdendo a batalha contra o internetês, e demanda um esforço ainda maior dos educadores e das entidades comprometidas com a capacitação de jovens para estimular o desenvolvimento da habilidade de expressão, quesito valorizado nos processos seletivos e nos avanços na carreira.

O lingüista Evanildo Bechara, vencedor do prêmio Professor Emérito - Guerreiro da Educação 2008 (concedido pelo CIEE e pelo jornal O Estado de S.Paulo) e autor da mais famosa gramática brasileira, além de membro da Academia Brasileira de Letras, defende que as escolas deveriam formar poliglotas no seu próprio idioma. Por exemplo, a maneira como os estudantes se comunicam com seus colegas deve ser diametralmente oposta àquela que ele usará para tratar de assuntos profissionais e isso nem sempre é muito claro. Vocabulário, construções de frases e de argumentos: tudo muda, quando se transita do mundinho pessoal para o universo corporativo.

Provavelmente boa parte dos estudantes, que por desconhecerem as posturas adequadas ao mundo do trabalho, ignora também que um e-mail profissional deve ser escrito observando as normas ortográficas e gramaticais, em benefício da eficiência da comunicação. A situação se agrava, diante de um índice lamentável: a média de livros lidos por estudante é de 7,2/ano, dos quais 5,5 são didáticos ou indicados pelas escolas. E, todos sabem, só escreve bem quem cultiva o hábito da leitura.

Outra boa dica são os cursos gratuitos de educação a distância oferecidos pelo CIEE no site www.ciee.org.br. Os candidatos a estágio podem aprimorar os conhecimentos do idioma com “Atualização gramatical”, “Novo acordo ortográfico” e o “Produção de textos e redação empresarial”, sem sair de casa e usando a internet. De resto, é treino e mais treino. Todo esforço é recompensado: raros recrutadores resistem a uma redação bem escrita.


Nota do Editor: Luiz Gonzaga Bertelli é presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), da Academia Paulista de História (APH) e diretor da Fiesp.

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