O livro-reportagem Cicatrizes - Relatos de Violência Sexual, da autora Dalila Penteado, publicado pela Palavra e Prece Editora, traz histórias verídicas de mulheres que sofreram com a agressão. Paralelo à isso, o leitor estará diante de todos os momentos que antecederam o crime e das consequências causadas pelo mesmo. Com o detalhamento dos fatos, acredita-se que o leitor passará a ter uma noção mais realista da violência. Logo, ficará nítida a importância de trocar informações e promover um alerta contínuo sobre o assunto.

Infelizmente, a maioria das pessoas só reagem aos problemas quando elas sentem na pele. Sendo assim, seria sensato desejar que todos sofressem com a situação? Óbvio que não! Com isso, espera-se que denunciem. Não se calem quando vêem e tampouco quando passam pelos abusos... No cenário de identidades preservadas e corpos invadidos, o leitor verá que a violência ocorre por desconhecidos e principalmente por pessoas próximas. Por isso, todo cuidado é pouco, já que independente da faixa etária ou classe social, toda mulher pode sofrer com a agressão, inclusive, no casamento.

Para o livro-reportagem, Girassol conta que saía de uma festa com Margarida, Rosa e o namorado Beija-flor quando se depararam com um trio de assaltantes. Na calada da noite, as vítimas são ameaçadas e conduzidas à um matagal. Todas desnudas, presenciam cenas de dedos na vagina, estupro, esfaqueamento, empurrões e muito, muito mais. Dentre outros relatos, o Cicatrizes traz histórias de mulheres que sobreviveram após a violência sexual e que continuam lutando contra os traumas. Sem contar que, muitas se escondem delas mesmas a fim de amenizar os pensamentos de um passado que até hoje as sufocam.

Sobre a autora

A paulistana Dalila Penteado, nasceu em 1985, é jornalista e artista plástica.

Desde os seis anos de idade, a sonhadora, criativa e perseverante, Dalila Amanda Penteado Rodrigues, já idealizava o jornalismo como profissão. Em 2002, começou a diagramar o jornal “Da Hora” do colégio Ceinter (Centro de Educação Tecnológico Interamericano) e, participou de três edições do projeto “Viagem Nestlé pela Literatura”. Em 2003, passou a cobrir eventos religiosos e escrever para o jornal “Santa Terezinha”, de Taboão da Serra. No mesmo ano, diagramou o jornal “Semeando”, do Projeto Semear. Além disso, como secretaria e recepcionista, ela iniciou a vida de assalariada em um consultório de ginecologia e oftalmologia da família Lazar. Em 2004, ingressou no curso de jornalismo nas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAM FAAM) de São Paulo. Em 2005, inscreveu-se no Programa de Iniciação Científica para pesquisar a “Vida e obra de cronistas da revista Veja: Estudo episódico de Lya Luft”. Além de escrever para o jornal universitário “Metropolitano” e trabalhar durante a madrugada, em clipagem de jornais. Em agosto do mesmo ano, estagiou na produção e locução da rádio Record AM. Um ano depois, em 2006, graças à Deus, à avó Lourdes e à mãe Vanice, ela fez um intercâmbio durante seis meses em Vancouver/Canadá. Durante esse tempo, fez também cursos profissionalizantes e teve suas matérias publicadas no idioma inglês. De volta ao Brasil, em 2007, estagiou na assessoria de imprensa, participou de coletivas e redigiu matérias para o site da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. No mesmo período, diagramou o jornal da faculdade “Novo Momento”, escreveu este livro-reportagem para o Trabalho de Conclusão de Curso e formou-se jornalista já em junho de 2008. Também estagiou e tornou-se repórter da TVA - Canal de São Paulo. Além de ter iniciado a pós-graduação em Revista Segmentada, também pela FIAM FAAM, onde se formará no final de 2009. Já como artista plástica, realizou exposições nacionais/internacionais e ministrou oficinas, totalizando nove delas.