O atual cenário mundial, econômico e competitivo, exige cada vez mais planejamento e visão de futuro das empresas. Sem eles, a sobrevivência das organizações está ameaçada. Mas não é apenas isso. As companhias precisam ter, ainda, um conhecimento profundo dos seus clientes, fornecedores e concorrentes, além de acompanhar e dominar as novas tecnologias. O mercado está repleto de informações e cabe às empresas coletar, analisar, interpretar e utilizar estes dados de forma a gerar uma vantagem competitiva. Uma figura cada vez mais presente nas organizações é do profissional de inteligência de mercado. Cabe a este profissional o trabalho de analisar as informações coletadas, cruzar com dados internos da organização, desenvolver cenários, analisar as tendências futuras e, desta forma, criar informações que dêem aos gestores das empresas condições de tomar decisões embasadas que possibilitem a antecipação de movimentos e ações da concorrência. Esta função, atuante em grandes companhias, vem ganhando destaque nas pequenas e médias empresas, pois, como se sabe, informação é peça fundamental para o sucesso dos negócios. Empresas pequenas e médias normalmente possuem uma estrutura enxuta, sem conselheiros, às vezes sem recursos suficientes para contratação de pesquisas de mercado e outras análises. Assim, a função interna de inteligência de mercado é essencial para suprir esta lacuna existente nestas empresas. Para exemplificar a importância da inteligência de mercado, podemos usar a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. Uma empresa de infra-estrutura tem de ter em mãos os dados de quais cidades sediarão os jogos, quais investimentos seriam necessários para a cidade, quem são os governantes destes municípios e estados, quem tem mais chances de assumir os governos federal, estaduais e municipais nas próximas eleições, quem são os concorrentes presentes nestas localidades, quem poderia ser seus potenciais clientes e outros dados deste tipo. Com todas estas informações, uma empresa pode desenvolver parcerias com empresas locais, fazer lobby político, desenvolver projetos antevendo as necessidades e se antecipando ao mercado. Para quem quiser estruturar a atividade de inteligência de mercado, seguem algumas dicas: · Monitore a concorrência; · Conheça o comportamento dos clientes; · Conheça e monitore seus fornecedores; · Acompanhe o desenvolvimento de novas tecnologias; · Colete informações internas e externas e para poder gerar análises; · Desenvolva uma base informatizada do conhecimento adquirido; · Anteveja acontecimentos futuros. Quem tiver todas essas informações, e souber utilizá-las de forma correta, sairá na frente dos concorrentes e, com certeza, possui mais chances de fechar bons negócios. Nota do Editor: Marcio Cinini Maria é associado da Terco Grant Thornton, onde atua na área de Serviços Especializados.
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