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SEÇÃO
Economia e Negócios
07/09/2009 - 12h06
Quem tem medo do bê-a-bá?
Paulo Ricardo Mubarack
 

Mubarack, não tenha medo do bê-á-bá! Recebi esta orientação do presidente de uma empresa-cliente quando perguntei sobre o conteúdo desejado por ele para um treinamento para a diretoria. A empresa já tem um bom sistema de gestão implantado há pelo menos um ano e o comum seria o presidente pedir novidades. Como se trata de um executivo brilhante, pediu a repetição do bê-a-bá. A orientação dada por ele foi excepcional porque ele sabe que profissionais, mesmo diretores, podem ter dúvidas básicas sobre partes do sistema de gestão. As dúvidas básicas atrapalham o desenvolvimento de melhorias e muitas vezes impedem o cumprimento de metas corriqueiras de custo e de receita. Já conheci alguns executivos sem a noção de que não sabem. Gestores despreparados estão sempre à busca de mais tecnologia. Não sabem os fundamentos, mas querem sistemas complexos, ou por infantilidade gerencial ou para tornar complexo o que não é, tentando esconder sua incompetência administrativa e técnica atrás de frases como: “...não vendo porque não tenho este ou aquele relatório ou software, não sou mais produtivo porque faltam tais e tais ferramentas etc.”. Tecnologia é sempre desejável, mas não pode ser a única justificativa para maus resultados. Alguns profissionais não entendem que foram contratados para obter resultados mesmo sem todas as ferramentas necessárias. Com toda a infra-estrutura possível, qualquer um pode fazer. O gestor é contratado justamente para atingir metas com poucos recursos. Não sabem nem atravessar uma rua quase vazia e querem um foguete para ir a Lua! Não conseguem relacionamento básico com clientes e querem pesquisas caras, não sabem fazer um mísero plano de ação com 5 W – 2 H e querem o B.I. (business intelligence – software para consultas não estruturadas a bancos de dados), não conseguem fazer com que os operadores preencham uma planilha de controle de produção e querem softwares otimizadores com programação linear, não lêem um livro em português e montam apresentações com ridículas e desnecessárias siglas em inglês, não participam de treinamentos internos em suas empresas mas querem um curso em Harvard, não conversam cara-a-cara com seus comandados mas querem softwares de workflow!

Seria cômico não fosse trágico. Fazer o simples e praticar o bê-a-bá da gestão já estaria de bom tamanho para muitos engomadinhos e patricinhas, vampiros que, à luz do dia, sugam o sangue de suas empresas.

Sempre estou em busca deles, para sugerir sua eliminação das organizações para as quais trabalho.


Nota do Editor: Paulo Ricardo Mubarack (www.mubarack.com.br) é presidente da Mubarack Consulting & Business School.

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