A recente divulgação da taxação da poupança, feita no dia 15 de setembro pelo ministro Guido Mantega já suscitou mudanças de comportamento dos poupadores brasileiros. Entretanto, como explica a consultora financeira Suyen Miranda, pesquisadora do tema Saúde Financeira, a notícia era esperada e não causará danos aos investidores, principalmente os pequenos poupadores. "As mudanças serão válidas para 2010 e devem ser implementadas a partir de fevereiro do ano que vem, tanto para as contas novas quanto as já existentes", explica a consultora. E isso afeta o investidor habitual? Suyen explica que a principal intenção da medida do governo foi evitar a fuga de investidores que poderiam migrar para a poupança ao invés de adquirir os títulos públicos. Neste ano, conforme explica a consultora, o rendimento médio da poupança alcançou e mesmo ultrapassou os demais investimentos, como renda fixa e os próprios títulos da dívida pública. Por esta performance, o natural seria a transferência deste recurso para a poupança, que é isenta de dedução de impostos até R$ 200 mil. "Para quem tem valores expressivos é importante pensar numa carteira diversificada, pois vale muito o provérbio ’evite guardar todos os ovos numa única cesta’, quando se trata de investimentos. As oscilações são comuns e relativas ao movimento econômico, portanto alguns investimentos irão render mais e outros menos, e o investidor deve estar atento a isso", afirma. O pequeno investidor, que responde por mais de 90% das contas de poupança existentes, não tem mais do que os R$ 50 mil, e portanto não irá sentir qualquer mudança, mas está usufruindo do resultado direto da queda de cinco pontos nos juros básicos da economia brasileira, o que faz da poupança hoje um investimento extremamente recompensador, diz a consultora.
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