Frei Ignácio Larrañaga faz Giro Mundial de Evangelização para falar do resgate do amor em nossas vidas. Há sete anos tenho atuado como educadora e há mais de vinte como jornalista em Minas Gerais. Neste período, a grande carência de valores no coração das pessoas tem me chamado a atenção e exigido um certo grau de reflexão para atualizar as minhas práticas pessoais e profissionais, de modo a suprir um pouco isso. O que tenho percebido é que fala-se muito em ética, mas faltam valores coerentes que consolidem bons exemplos a serem seguidos em salas de aula, empresas, dentro dos lares e meios sociais de convivência do indivíduo. Estes exemplos, muito mais que palavras, é o que permite uma prática da ética em suas profissões, de modo que o ser humano tenha uma atuação mais justa, coerente, respeitosa em relação ao outro, e, porque não dizer, mais amorosa. Recentemente, temos visto noticiado pela ONU que é alarmante o número de pessoas que desistem de viver, ainda em idade jovem, por estarem desenganadas, sem nenhuma visão de saída para crises de estima, de razão existencial para se viver. Em Belo Horizonte, situações alarmantes de mortes geradas por motivos banais têm levado muitos a refletir sobre a forma como temos vivenciado nossos dias na atualidade. Parece para muitos, que o sucesso e a carreira não permitem que se desvie o olhar para "tolices". E, neste pacote de tolices estão colocando todo tipo de valores fundamentais anunciados por grandes homens no mundo inteiro, de diferentes credos. Valores como o amor, a solidariedade, a esperança, a alegria, o diálogo, a família estão sendo deixados à beira do caminho, como se fizessem parte de um mundo à parte, há muito esquecido e cuja mistura com o mundo real virou ficção e utopia para muitos. Nessa linha de pensamento, temos crianças, jovens, adultos, independente de sexo, raça ou cor, aos milhões, angustiados, tristes, sem respostas para seus vazios. Numa busca corrida e árida por não se sabe o quê. O ser mais racional do planeta, numa avalanche irracional de se gastar a si mesmo, totalmente, em situações sem nenhum significado profundo, encontra um abismo sem respostas para a razão do seu viver. Nesse estado, perde-se, portanto, o encanto pela vida. Por mais que se tenha dinheiro, reconhecimento político, profissional: quando nos deparamos com o silêncio, com a solidão, é difícil dar conta do imenso vazio existencial de nossos tempos. Como se pressentisse que algo deve ser feito, o homem, então, reflete e sente vontade de parar... Pesquisas publicadas recentemente pela Jovem Pan e um instituto alemão, mostram que entre os valores principais dos jovens, lá está Deus, a família e o Amor. Os jovens no Brasil e no mundo inteiro esperam no amor, para surpresa de muitos marketeiros do consumo. Mesmo valorizando suas carreiras e sonhos, uma coisa não exclui a outra em hipótese alguma. E, talvez, esta seja a grande lição que a humanidade necessita aprender nos dias atuais. Outro dia, ao falar sobre a importância da espiritualidade como forma de resgate de valores éticos a uma servidora pública, atuante na área de comunicação em Minas Gerais, ouvi, surpreendentemente, como resposta que "infelizmente, espiritualidade nada tem a ver com política e leis... não interessa ao cidadão..." Fiquei tão estarrecida, refletindo: como fazer política sem resgatar a essência do seu significado de representação da "polis"? Não teríamos que adentrar no povo, em suas expressões e ideais mais íntimos, para compreendê-lo e representá-lo como tal? Acaso a religiosidade, independente de credos, não é para todos um espaço íntimo onde se reconstrói na prática o mistério da existência humana? As não respostas da Ciência, e até as respostas mais céticas e significativas, nos mergulham sempre no grande mistério da existência, justamente porque não dão conta de nos dar respostas para todos os mistérios da natureza humana. Portanto, nos sinalizam o Inefável Deus. E a força criadora e mantenedora disso tudo é tão gratuita, perfeita e imprevisível a todos nós, assim como o Senhor Deus, de todos os credos... Ao perceber isso, o homem começa a percorrer seus próprios limites... a aliviar sua própria necessidade de auto satisfações. Portanto, atualizar esta relevância da espiritualidade em nosso interior, incentivando a humanidade a silenciar, parar, refletir, intuir no amor caminhos novos e atualizar a mensagem soberana de Jesus Cristo é urgência no mundo atual, para se resgatar a própria condição e valor enquanto cidadão. "Ninguém gritou tão profundamente que o amor tudo pode, tudo perdoa, tudo suporta, tudo transforma, tudo renova, e por aí vai..." Responsabilizar-se por reflexões a esse respeito, faz parte, inclusive, das exigências que o Ministério da Educação faz de todos os educadores do ensino fundamental às universidades. O MEC inclui como itens obrigatórios nas discussões em sala de aula, cobrados no ENEM, aspectos que tocam a ética, valores, cultura dos povos, questões que ajudem a construir a cidadania e um repensar a prática responsável, em voga nos dias atuais. Portanto, falar de Deus, sobre espiritualidade, oração, religiosidade, é fazer despontar no homem um cadinho de esperança em um viver mais feliz e digno. Por isso, tem sim, ao contrário do que alguns pensam, tudo a ver com a base das políticas públicas, sejam a que esfera do poder se refiram. Tem tudo a ver com o resgate de valores em famílias, primeiro núcleo social do cidadão na "polis", onde o amor é a grande razão da sua constituição. Dê sempre uma oportunidade para o amor! Então, como educadora, como jornalista, como mãe e mulher sensível às questões urgentes de nossos dias, e também, como cristã atuante, orante, praticante e em eterno aprendizado em todas as esferas de meu viver, não posso deixar de convidar você a participar da palestra com o Frei Ignácio Larrañaga, no dia 03 de outubro, sábado, às 14h, no Chevrolet Hall. Para milhões de pessoas, no mundo inteiro, ele tem levado através dos seus 18 livros publicados, vídeos, DVDs, bem como manuais de retiros, Oficinas de Oração e Vida, uma atualização vibrante e restauradora desta mensagem de Jesus Cristo: “onde há amor, ali está Deus”. O que o Frei faz é nos resgatar: o que é afinal esse amor, como vivificá-lo todos os dias, sem entregar-se a desesperança do viver corrido? É imperdível. Então, se você acredita que o mundo ainda tem jeito, se apesar de se sentir, às vezes, abatido, angustiado, não compreendido, stressado com a correria do mundo, venha participar conosco deste momento tão especial e saiba mais sobre o Frei, sobre seus livros, sobre as Oficinas e os Encontros de Experiência de Deus. Dê uma paradinha!! Vai ser bom e para toda a sua vida! Nota do Editor: Ana Beatriz Goulart Pereira é jornalista, empresária e professora universitária nos cursos de Comunicação Social do Centro Universitário Newton Paiva. Membro do Ministério Extraordinário da Comunhão na Paróquia Santa Rita de Cássia/BH e Guia Enlace Jovem dos TOV - ANB 4.
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