Há situações embaraçosas no cotidiano, que servem como um teste para nossa conduta ética e financeira. Alguns destes casos são mais simples do que parecem, como explica Suyen Miranda, consultora em qualidade de vida e finanças pessoais. "É fundamental levar sempre em conta que queremos para nós o mesmo que queremos para os outros, e com isso as relações tornam-se bem mais fáceis, desde que seja seguida esta acepção", explica. Entre as principais coisas comuns no dia-a-dia estão a honestidade, até quando alguém pede dinheiro emprestado. "Deixe claro que você não tem dinheiro para emprestar, o que você dispõe é para seu uso e fará falta se não tiver. Lembre que você é a prioridade, e proponha ajudar sugerindo formas da pessoa fazer dinheiro, ou como levantar este recurso em bancos. Se não quer e nem pode emprestar, seja sincero, não invente desculpas que facilmente podem ser desqualificadas", explica Suyen. Prometa o que você sabe ser capaz de fazer. Nesta situação estão os passeios, viagens e presentes para a família que, na hora H, não acontecem. Suyen explica: "Isso gera muita frustração, tanto para quem ficou na expectativa quanto para quem não pode cumprir o prometido. Faça diferente: surpreenda! Deixe as promessas para depois, ou se as fizer, cumpra exatamente como proposto, pois você também não gosta de promessas que não foram cumpridas, certo?" No trato pessoal seja humilde, tolerante e flexível, que é diferente de ser subestimado. A consultora lembra que ninguém detém a verdade, e que o aprendizado implica em estar aberto ao que os outros podem ensinar e partilhar. "Para ser bem sucedido é preciso inovar, e o que ajuda nisso é o trabalho com os outros, ouvindo opiniões e assim avaliando a questão sem pré-julgamentos. É importante lembrar que, dentro de uma questão, há também sua solução", reforça Suyen. Portanto, ao discutir suas questões financeiras, e mesmo em negociações, esteja aberto, "baixe a guarda", diz. E quando você depende dos outros para que sua vida financeira flua melhor? Muitas vezes é preciso que toda a família esteja motivada e comprometida, o que nem sempre acontece. Suyen Miranda insiste que sempre vale conversar com todos os envolvidos e propor a mudança de forma saudável. "Não há mudança efetiva em ambiente hostil, mas quando há um cenário de desafio, que contém superação, satisfação e alegria. Converse com seu cônjuge e filhos de forma agradável, explicando que os benefícios da economia no lar serão desfrutados por eles mesmos, em forma de mais lazer, segurança e qualidade de vida. Falar mencionando dores, dificuldades e restrições deixa o clima ainda mais pesado, enquanto que explorar o tema como um jogo, um desafio de inteligência motiva facilmente até você mesmo!" E para concluir, evite ser algoz de quem quer que seja, mesmo que o cenário até permita isso. "Do que adianta reclamar com seus familiares dos gastos, ou com o chefe quanto a seu salário? Vai aumentar o salário? Vai desfazer as despesas excessivas? Ou ainda, por que culpar a si mesmo por ter tomado decisões equivocadas? Uma coisa é aprender com os erros e lutar pelos seus objetivos, e outra é ficar somente queixando e reclamando. Tenha tolerância consigo mesmo para deixar o passado como uma lembrança de aprendizado, e seja assertivo quanto às mudanças para que seu futuro seja melhor. Lembre-se que tudo pode ser refeito a partir do momento que esteja claro para você o que precisa ser feito e seja humilde para começar de novo, pois as chances de sucesso estão exatamente nas mudanças que fazemos em busca da melhoria contínua. Ou seja, fale menos e faça mais", conclui Suyen Miranda.
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