No mundo de TEFL, sigla em inglês para "Ensinando inglês como segunda língua", chamamos o ensino da língua estrangeira para crianças de "Teaching English to Young Learners" (Ensinando Inglês para Jovens Alunos). A faixa etária compreendida pelo termo normalmente abrange entre os 3 e 12 anos de idade, porém, isso depende muito do estabelecimento no qual os pequenos são atendidos. O termo tem crescido com bastante força, pois os pais, na ânsia de proverem uma educação completa para seus filhos, demandam das escolas o ensino de uma segunda língua desde cedo. Fortuitamente, a língua escolhida pela grande maioria das escolas é o inglês (apesar de todas as especulações em relação ao mandarim...). Ponto para nós, English teachers! Mas estamos realmente preparados para esse campo do ensino da língua? Muitas escolas simplesmente colocam um professor de inglês na sala. Afinal, são apenas crianças, que mal poderia acontecer? Pois este é um grande erro. O professor de inglês das crianças ensinará muito mais que uma nova língua. Ele precisa de habilidades especiais, muitas das quais não têm nada a ver com linguagem. Ajudar a criança a aprender e a se desenvolver se torna muito mais importante que ensinar inglês. O ensino da língua será uma consequência das atividades que o professor trará para a sala de aula. Mas o que estudar para ser um Young Learners Teacher? Além de saber inglês e também como ensiná-lo, esse professor precisa estudar sobre o desenvolvimento físico, intelectual, emocional e social das crianças. Cada atividade precisa estar focada nesses aspectos para que se consiga atingir o aprendizado. As atividades devem ser simples o suficiente para que as crianças entendam o que é esperado delas. A tarefa deve condizer com as habilidades daquela faixa etária: ser possível de ser completada, mas ter um pouco de desafio para que os pequenos sintam o prazer de concluí-la. Todas as atividades devem ser guiadas oralmente, com muita repetição. Considere que, durante uma aula com crianças pequenas, o professor passará a maior parte do tempo falando. Além disso, as atividades escritas devem ser altamente supervisionadas; crianças de 7 anos não se apropriaram o suficiente nem mesmo da escrita de sua língua materna. Essas dicas fazem parte dos princípios básicos para se entrar numa sala com o intuito de se ensinar inglês para crianças. Existem atividades consideradas infalíveis nesse tipo de aula, como as que envolvem movimento corporal, cortar, colorir, colar, contar histórias e pequenos teatrinhos. Também não podemos nos esquecer dos jogos e músicas com ação. Existe ainda uma grande quantidade de websites que podem ajudar a desenvolver atividades e até mesmo habilidades para dar aulas para essas crianças. Eles trazem uma infinidade de recursos para a aula de inglês, como materiais visuais prontos para impressão, músicas, jogos, rimas populares, dicas de livros e, para os pais, apresentações de PowerPoint, quizzes e vídeos. Alguns links, como www.esl-kids.com (seção "In Class") e www.activityvillage.co.uk podem ser muito úteis. As fontes de busca são inesgotáveis, principalmente em sites estrangeiros. Basta muita disposição para estudo e energia para enfrentar o desafio de ensinar inglês para esse público mirim. Crianças estão sempre muito envolvidas, cheias de disposição e curiosidade, e acabam aflorando essas características em seus professores. É só arregaçar as mangas e preparar aulas criativas de Inglês para os pequenos. Nota do Editor: Simone Sanaiotte é Consultora em Língua Inglesa da Planeta Educação; Graduada em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São José do Rio Pardo (SP) e especialista em Língua e Literaturas Inglesa e Norte-Americana pelo Centro Universitário Barão de Mauá.
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