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SEÇÃO
Economia e Negócios
19/02/2010 - 18h35
Em 2010, só tome cuidado com as eleições
Robson Queiroz
 

O novo ano começou e já percebemos que o mercado financeiro será bastante agitado. No mundo dos investimentos, a grande vedete deverá ser mesmo a bolsa de valores e os investimentos em renda variável, o que aumenta a necessidade de acompanhamento do cenário econômico e político do nosso País. Ao certo, além da Copa do Mundo de Futebol - que deve deixar o início do segundo semestre ‘mais morno’ -, um evento ganha destaque em 2010: as eleições, que incluem presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Considerando que, ao investir em renda variável, devemos ter sempre uma visão de longo prazo, as decisões políticas deste ano precisam ser acompanhadas de perto.

Antes de entrarmos neste tema, no entanto, vamos fazer uma breve análise do cenário econômico. No front externo, além de acompanharmos a recuperação dos países desenvolvidos, com destaque para os Estados Unidos, as atenções também estarão voltadas para as economias emergentes. Neste caso, o foco principal será a China. A economia chinesa fechou 2009 com um crescimento superior às expectativas. Apesar de positivo, o movimento preocupa, uma vez que podem surgir novas medidas do governo chinês para conter as expectativas inflacionárias e o movimento especulativo que atinge o mercado imobiliário do país. A primeira destas medidas foi o aumento do depósito compulsório, que já entrou em vigor semana. O objetivo é diminuir a quantidade de recursos em circulação e, consequentemente, reduzir a concessão de crédito.

Internamente, as expectativas são extremamente positivas. Conseguimos sair da crise de maneira surpreendente. Recuperamos boa parte dos níveis de empregabilidade e de investimentos econômicos. A indústria, por exemplo, um dos segmentos mais afetados pela crise internacional, deve retomar os investimentos de forma mais acentuada este ano. Um estudo elaborado pela Fundação Getúlio Vargas e divulgado recentemente mostra que os investimentos da indústria devem crescer este ano, apesar de ainda não retomar o patamar de 2008. Pelo levantamento, 48% das indústrias brasileiras pretendem aumentar o volume investido em 2009, enquanto que apenas 17% pretendem reduzi-los.

Assim, o principal ponto de atenção de 2010 vem do campo político. Lembra-se de 2002 quando a possível vitória de Lula nas eleições presidenciais trouxe o caos para a bolsa? O dólar chegou a superar a cotação de R$ 4,00, valor superior, inclusive, aos grandes períodos das crises internacionais do final da década de 90 e da crise de 2008. As incertezas com relação a uma possível vitória petista, naquela época, provocaram um verdadeiro caos no mercado financeiro.

Hoje, claro, a possibilidade de um governante colocar em risco a estabilidade econômica é praticamente nula. Nos últimos anos, a economia interna já apresentou sinais de amadurecimento e vem mantendo os níveis de crescimento, o que gera oportunidades claras de expansão dos negócios. As estimativas do mercado indicam que o PIB brasileiro crescerá mais de 5% em 2010.

No entanto, os desdobramentos do debate político irão nos indicar os próximos passos do nosso País. Fatores como a exploração de petróleo na camada do pré-sal, os preparativos e os investimentos necessários para sediarmos a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, certamente, nos mantêm otimistas e traçam uma perspectiva de crescimento econômico do Brasil ao longo da próxima década.

Portanto, os riscos poderão ser maiores nesta época que antecede a decisão dos novos políticos brasileiros. Grandes decisões ou votações importantes no Congresso não são esperadas. Pelo contrário. Deve haver um esvaziamento na Câmara e no Senado por conta das campanhas dos parlamentares. Mas, pacotes extraordinários de incentivo à economia, com fins eleitoreiros e não lógicos, podem provocar um rombo nos cofres públicos e, com isso, danificar os bons índices econômicos gerados até agora. Os investidores estrangeiros eventualmente, também podem tirar férias do Brasil e só voltar depois da posse do novo presidente. Claro que tudo isso pode ser contornado, desde que haja estratégia de investimentos e muita atenção a todas as movimentações e anúncios do governo.

Nos próximos dez meses, podemos esperar ótimos negócios e considerável crescimento econômico. E, se não tivermos contratempos políticos que tragam dúvidas ou incertezas com relação ao nosso futuro, 2010 poderá ser o ano dos sonhos de todos os investidores da bolsa de valores.


Nota do Editor: Robson Queiroz é Diretor Comercial da SLW.

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