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Informática e Internet
24/02/2010 - 16h32
Os obstáculos para chegar às nuvens
Thoran Rodrigues
 

Centro das atenções no mundo da tecnologia, tanto no exterior como no Brasil, cloud computing, ou computação em nuvem, é o que se pode chamar de uma tecnologia embrionária, porém com enorme potencial de crescimento. Ela está hoje no estágio em que as tecnologias de virtualização se encontravam há cerca de três ou quatro anos.

Muito falada em conferências, como a PDC (Microsoft Professional Developer Conference), em que foi lançada a plataforma de cloud computing da Microsoft, o Windows Azure, estima-se que este tipo de serviço deve atingir receita de US$ 5,2 bilhões até 2015, como divulgou a ABI Research. Projeta-se, ainda, que os investimentos em TI neste ano devem crescer 8,1%, ultrapassando US$ 1,6 trilhão, segundo a Forrester Research, e que um novo ciclo da TI será marcado, entre outras coisas, pela computação em nuvens, que deve ser utilizada por mais de 240 milhões de companhias no mundo todo até o mesmo ano de 2015.

Soluções de cloud computing são, de uma forma simplista, iguais às tradicionais, mas alocadas fora do ambiente do cliente. De certa forma, este tipo de computação sempre existiu: todas as soluções de webmail, por exemplo, são cloud-based. A diferença é que agora se fala cada vez mais em levar aplicações de caráter empresarial de larga escala para a nuvem: ferramentas de CRM, bancos de dados, e assim por diante. Diante deste movimento de mercado, empresas como a Amazon e a Microsoft passaram a oferecer não somente os aplicativos, mas a hospedagem: o usuário compra as horas de processamento, o espaço de armazenamento e a banda de transmissão de dados que será necessária, e coloca na nuvem qualquer aplicativo.

A maior vantagem é que qualquer companhia pode levar seus aplicativos para um modelo cloud-based, promovendo grandes reduções de custos. Uma vez que toda a infra-estrutura de hardware pode ser terceirizada, as empresas não precisam mais manter um contingente enorme de funcionários de TI, e nem se preocupar com planos de atualização dos parques de servidores, expansão de espaço de armazenamento e custo de manutenção de grandes data centers.

O que o mercado brasileiro deve se atentar é que esta tecnologia depende essencialmente de dois fatores: a ubiquidade de acesso a internet, 24 horas por dia e em qualquer lugar, e a confiança dos usuários, o que, no Brasil, ainda são grandes obstáculos. Levar os aplicativos e, principalmente, os dados, para um ambiente externo requer um nível de confiança muito grande em quem está mantendo este ambiente. É esse o maior desafio das companhias que pretendem ganhar espaço neste setor.

Embora desafiantes, esses dois obstáculos tendem a desaparecer naturalmente. Com a evolução dos serviços de internet no Brasil, o acesso se expande cada vez mais. Na realidade, grandes cidades brasileiras, como Rio e São Paulo, já possuem conectividade ininterrupta. A dificuldade neste sentido está fora dos grandes centros urbanos, mas tende a se reduzir gradualmente.

Para completar o caráter positivo do cenário futuro, com a entrada da chamada "geração Y" no mercado de trabalho, a tendência é o desaparecimento da desconfiança frente à internet. Esses novos profissionais estão acostumados a utilizar todo tipo de aplicativos na web, e sua maior preocupação é a comodidade, é poder acessar as informações de qualquer lugar. Ao mesmo tempo, para as empresas, é uma questão de buscar melhores resultados. Cloud computing possibilita uma enorme redução nos custos, não só de infra-estrutura, mas também de pessoal. Empresas menores, e que atuam em setores competitivos, onde a busca por eficiência é grande, serão (ou em alguns casos já estão sendo) as pioneiras, abrindo assim caminho para as outras. Em um mercado de competição acirrada, qualquer tecnologia que possa trazer maior economia é uma vantagem significativa.


Nota do Editor: Thoran Rodrigues é diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Stone Age tech, empresa especializada em soluções para a gestão de banco de dados.

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