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Educação
04/03/2010 - 11h04
Merci beaucoup, não há de quê
Renato Vieira
 

Desde o surgimento do homem, a comunicação tem sido fator determinante para a evolução da humanidade. E o mais estranho é que entre todos os seres, talvez o ser humano seja o único que não consiga se comunicar com todos da mesma espécie. Um golfinho pode atravessar mares e oceanos e se comunicar perfeitamente com um ser igual, do outro lado do globo. Já o homem...

E o que dizer sobre esta compreensão mútua quando o assunto é o mercado de trabalho? Todos sabemos que o domínio de um idioma estrangeiro pode ser decisivo na hora de o empregador optar por um profissional em detrimento de outro. Hoje em dia, grande parte dos altos executivos possui inglês fluente. Mas para estar à frente da concorrência e garantir melhores salários e oportunidades de trabalho, é de grande valia ter o domínio de uma segunda língua estrangeira. Aí que entra o francês.

A língua francesa já ganhou espaço no dia-a-dia dos brasileiros de maneira muitas vezes despercebida. Senão vejamos: quantos já fizeram compras em um supermercado da rede Carrefour? Ou se interessaram por um carro da Citroën, Peugeot, Renault? Compraram um produto da L’oreal, desejaram uma bolsa da Louis Vuitton, um relógio Mont Blanc ou roupas Yves Saint Laurent, Christian Dior, Pierre Cardin? Isso se falarmos apenas das marcas mais conhecidas.

Isto não significa que apenas pronunciar corretamente as palavras abajour, menu, soutien já demonstra conhecimento sobre a língua. Atualmente, cerca de 600 empresas instaladas no País têm origem em países de língua francesana - França, Suíça, Bélgica, entre outros. Elas são responsáveis por um milhão de empregos apenas no Brasil. E os números tendem a aumentar por conta dos acordos bilaterais recém assinados pelos presidentes Lula e Sarkozy. Tudo isso é apenas uma amostra de que o francês representa um grande diferencial no mercado de trabalho.

O reflexo já é percebido nos cursos da Aliança Francesa em todo o país. No Brasil, para cada três pessoas que desejam cursar inglês e espanhol, uma também busca o francês. É o terceiro idioma estrangeiro mais procurado no País, e não pelo charme da língua. E a tendência é aumentar ainda mais esse intercâmbio em função dos inúmeros investimentos de empresas francesas, a proximidade da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, assim como maior aproximação e investimentos brasileiros em vários países africanos de língua francesa.

Afinal, trata-se da língua oficial de 56 países e falada por mais de 300 milhões de pessoas ao redor do planeta. Para se ter uma dimensão das crescentes relações bilaterais entre ambas as economias, toda a construção de submarinos nucleares vai passar pelo acordo Brasil-França. O segmento financeiro está bem representado pela forte atuação dos bancos Societé Générale e BNP Paribas. Infra-estrutura, cosmético, varejo, medicamentos, aviação e indústria aeroespacial são outros setores potenciais.

Para os brasileiros, o domínio do francês pode também abrir caminhos para promissoras oportunidades no Exterior. O ensino superior na França é gratuito e existem diversas opções de áreas de estudo, o que justifica o fato de 10% dos estudantes de lá serem estrangeiros. Há ainda universidades brasileiras com acordos de duplo diploma com universidades francesas, válidos em toda a União Européia. Fatores decisivos para impulsionar a demanda de jovens brasileiros pelo francês.

As ligações entre nós e a francofonia são históricas. Muitos pensadores, escritores, filósofos, romancistas e chefs são franceses. Na próxima vez que formos comer em um buffet ou bebermos um Cabernet Sauvignon ou champagne, saborearmos uma baguete, um crêpe, um queijo roquefort ou mesmo um mousse, lembremo-nos. Apesar da distância, Brasil e França estão cada vez mais próximos.


Nota do Editor: Renato Vieira é diretor de comercial e de marketing da Aliança Francesa de São Paulo.

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