As facilidades permitidas por meio da conexão via celular e pelo acesso ao e-mail corporativo dentro ou fora do ambiente de trabalho trouxe novas responsabilidades e riscos na relação entre empregado e empregador. Mesmo após o expediente os funcionários continuam conectados ao e-mail do trabalho. Eles respondem mensagens, encaminham relatórios e trocam informações, seja em finais de semana e, até mesmo, durante as férias. O problema é que o empregado, por não se desligar do trabalho, pode misturar o trabalho com as mensagens pessoais. O caso mais recente foi a demissão de um executivo da empresa de hospedagem Locaweb, após o profissional provocar são-paulinos pelo Twitter usando o nome da companhia, patrocinadora do clube na partida contra o Corinthians. Segundo a consultora do Opice Blum Advogados Associados e especialista em Direito do Trabalho, Maria Aparecida Pellegrina, é importante que o empregador firme um acordo de confidencialidade com o empregado, para que ambos tenham ciência de suas condições e deveres. "O empresário deve estar atento à questão da tecnologia e o funcionário deve ser educado para usar essas ferramentas por meio de um contrato e de uma política interna que o informe sobre as conseqüências", recomenda a especialista. Para o sócio do Opice Blum Advogados Associados, Rony Vainsof, é importante alertar ao funcionário que um descuido, “um simples click”, pode deixar uma marca negativa que jamais será apagada da sua carreira e da sua vida, “pois a rede mundial de computadores não deixa margens para o esquecimento”.
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