Compradores de máquinas, equipamentos e veículos comerciais leves e de grande porte são beneficiados com a prorrogação
Veículos comerciais leves e de grande porte têm a redução ou isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) prorrogada até o final deste ano. O governo também estendeu o prazo para as máquinas e equipamentos, que são chamados de bens de capital. Para caminhões, tratores e reboques, a alíquota, que subiria para 5% a partir do próximo mês (julho), continua reduzida a zero. Para caminhonetes e picapes, o imposto, que aumentaria para 8%, foi mantido em 4%. E os bens de capital seguem isentos do pagamento do IPI até 31 de dezembro. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, os meios de transportes usados na produção, como os beneficiados pela prorrogação, também podem ser classificados como bens de capital. O governo estendeu a desoneração, segundo Mantega, porque as vendas desses tipos de veículos só começaram a crescer no final do ano passado (2009) e ainda não foi suficiente. "O setor ainda está se recuperando da crise e precisa dos incentivos por algum tempo", justificou. Os ministros Miguel Jorge (de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Mantega informaram que com essa prorrogação o governo deixará de arrecadar R$ 775 milhões. Desse total, a maior parte, cerca de R$ 390 milhões, vem dos incentivos para bens de capital. A desoneração dos caminhões, dos tratores e dos reboques reduzirá em R$ 280 milhões a contribuição. E os veículos comerciais leves em R$ 105 milhões. Mantega afirmou ainda que não serão necessários cortes adicionais no Orçamento por causa do impacto fiscal provocado pelas prorrogações. "Na verdade, não haverá redução de receitas, mas a manutenção da arrecadação atual. Assim, não será necessário fazer cortes no Orçamento", explicou.
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