É interessante como, em pouco tempo, as tecnologias sofrem grandes transformações, ganhando novos recursos e se popularizando. Recentemente, fui convidado para palestrar para alunos de 11 e 12 anos sobre Finanças. A proposta era ousada: como explicar a evolução dos meios de pagamentos para os jovens? Teria sido um grande desafio se não tivesse recorrido aos exemplos práticos e às possibilidades tecnológicas. No primeiro slide, apresentei uma casa totalmente conectada à internet e com vários recursos digitais, algo que já é do cotidiano desses jovens. A tela seguinte causou surpresa na sala de aula ao trazer o jogo Monopoly, o nosso tradicionalíssimo Banco Imobiliário, que existe há quase 80 anos! No lugar de dinheiro colorido, cartões plásticos, idênticos aos cartões de crédito. Ao invés de um caixa para receber e dar dinheiro, um terminal POS (Point-Of-Sale) com dois lados: um com botão verde, para créditos; outro com o botão vermelho, para debitar algum pagamento. E a tradicional contagem das células? Não faz mais parte do jogo, pelo menos nos Estados Unidos. Este é um exemplo moderno da evolução dos meios de pagamentos, iniciada com o escambo e consolidada com moedas, cheques, cartões, POS, Internet e celular. Neste contexto, ganharam destaque os cartões bancários com chip e seus mecanismos anti-fraudes, agregando valores e experiências ao usuário-final; e os cartões contactless, que usam chip com transmissor de rádio (RFID), estabelecendo a comunicação com o aparelho de leitura e debitando o valor registrado no chip. Quando perguntei, na sala de aula, quem tinha conhecimento sobre os benefícios destas tecnologias, fiquei surpreso (agora foi a minha vez). Praticamente todos os alunos conseguiram argumentar e expor o seu ponto de vista. Muitos destacaram, de forma tímida e com linguagem juvenil, a rapidez das operações; outros se limitaram a dizer que seus pais utilizam. E o mais interessante: todos manifestaram interesse em ter acesso, desde já, a esses meios de pagamentos! Apesar de já haver oferta de cartões para jovens desta faixa etária, é fundamental inserir, no currículo escolar, uma formação específica em educação financeira, com o objetivo de conscientizá-los sobre esta nova responsabilidade. O resultado prova que vivemos a Era da Conscientização e do Imediatismo, na qual cada vez mais os jovens buscam as novidades com o objetivo de se consolidarem dentro da sociedade e de utilizarem todos os recursos que as tecnologias oferecem. Não fazer parte deste contexto é, para os adolescentes, um atraso de vida e um preço que não se pode pagar. Antenadas com este movimento, as instituições bancárias desenvolvem e implementam serviços personalizados e atraentes, como cartões com imagens. Pode-se, por exemplo, ter uma foto da namorada ou do animal de estimação preferido: igualzinho ao que eles já fazem hoje em seus aplicativos sociais prediletos na internet e nos skins de celulares. É a força da customização, refletindo na economia, nas finanças e na história de todo um país. Neste contexto, os jovens têm, cada vez mais cedo, acesso ao crédito de forma rápida, fácil e organizada. Trata-se de um grande avanço, que começa a fazer parte do cotidiano de muitos jovens até mesmo no momento de lazer, com uma simples partida de Banco Imobiliário. Que comece o jogo! Nota do Editor: Ernesto Haikewitsch é diretor de marketing estratégico da Gemalto para a América Latina.
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