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29/11/2004 - 08h21
Ubatubense dá show no Billabong Pro Júnior
Fábio Maradei e Patricia Casagrande
 
Hizunomê Bettero dá show no Billabong Pro Júnior, nas ondas da praia de Camburi, e Pablo Paulino é o campeão brasileiro e sul-americano da categoria. Definido o time para o mundial na Austrália em janeiro.
 
Ivan Storti 
  O vencedor do Billabong Pro Júnior - etapa da praia de Camburi, em São Sebastião (SP), Hizunomê Bettero.

O time sul-americano para o Mundial Profissional de Surf Júnior foi escolhido em grande estilo na etapa final do Billabong Pro Júnior, na praia de Camburi, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo. Neste domingo (dia 28), o dono da festa foi o paulista de Ubatuba, Hizunomê Bettero, que venceu a etapa e garantiu o vice-campeonato do Circuito. Quem também comemorou muito foi o cearense radicado no Rio de Janeiro, Pablo Paulino, novo campeão brasileiro e sul-americano. A competição, que reuniu 112 atletas de 10 estados, foi encerrado com shows de surf e muita festa do público na areia.

O campeonato definiu os cinco surfistas que vão disputar o Billabong World Junior Champs, o WCT para surfistas com até 20 anos de idade, criado pela Association of Surfing Professionals (ASP), entidade que comanda o surf. Além de Hizunomê e Pablo, carimbaram o passaporte o carioca Jorge Spanner, o paulista (também de Ubatuba), Diego Santos e o paranaense da Ilha do Mel, radicado em Florianópolis, Amani Valentin.

Os cinco vão se juntar ao paulista de Guarujá, Adriano de Souza, atual campeão da categoria, e ao catarinense de São Francisco de Sul, Jean da Silva, que ganhou uma das vagas por ser o melhor júnior da América do Sul no ranking WQS. O Mundial será realizado de 1 a 8 de janeiro, em North Narrabeen, New South Wales, na Austrália. Vale destacar que esse campeonato vem ganhando cada vez mais importância no cenário internacional. Só para ter uma idéia o 1º campeão foi o havaiano Andy Irons, hoje tricampeão do WCT.

A briga pelas vagas foi acirrada e definida somente nas baterias finais. O primeiro a assegurar sua participação foi Pablo Paulino, vencedor da etapa inicial, em Florianópolis. Ele perdeu nas quartas-de-final, ficando em 9º lugar, posição suficiente para também comemorar o título do Circuito, válido como Brasileiro e Sul-Americano da categoria. Depois, Hizunomê, Diego e Jorge também festejaram as classificações, ao chegarem à final.

O último a figurar no time foi Amani, que teve de sofrer da areia contra a revelação Charlie Brown, um cearense radicado no Rio de Janeiro, de 15 anos, que impressionou a todos, com seu surf solto. O pequeno atleta do Ceará, que ganhou o apelido por ser parecido com o personagem do desenho Snoopy, garantiria a vaga se vencesse a etapa. Até fez um bom papel, mas não teve como superar o grande desempenho de Hizunomê.

"Entrei sem pressão. Surfei tranqüilo. Cheguei perto. Valeu a experiência. Ano que vem estou ai mais animado ainda", comemorou Charlie Brown. Já Amani respirou aliviado ao final. "O que é para acontecer, acontece. Não torci contra ele. Apenas esperei", afirmou Amani.

Quem também ficou da areia só na torcida foi Pablo Paulino. Se Diego Santos vencesse, roubaria o título de suas mãos e também a passagem aérea para a Austrália, prêmio para o melhor do ranking. "Não vou torcer contra o Diego. Mas quero que o Hizunomê ou o Charlie Brown vençam", comentou Pablo, que depois de comemorar o título, foi para o mar, na Von Zipper Air Show, uma bateria especial onde só vale o aéreo, e foi o vencedor, faturando R$ 600,00.

HIZUNOMÊ NÃO DEU CHANCES - Na final, acompanhada por um grande público, que vibrou a cada manobra nas ondas, Hizunomê não deu chances. Abriu a bateria com uma nota 8 e depois garantiu o 1º lugar com uma onda 9 pontos, com duas batidas de back side muito fortes e outra para fechar. Somou 17 pontos de 20 possíveis. Essa foi a sua 1ª vitória como profissional. Ele ganhou US$ 1,8 mil, de um total de US$ 5 mil distribuídos em premiação. "Vim esperando essa vitória. Sempre me dei bem aqui em Camburi", disse Hizunomê, que tem esse nome originado da religião messiânica, significando Cruz Equilibrada, Espírito e Matéria.

Também conhecido por Hizu, Pateta, Frango, o vencedor da etapa viajou no próprio domingo para o Havaí e de lá vai seguir para a Austrália para o seu primeiro mundial. "Vou para fazer o melhor. Estou pronto", disse o surfista, que foi campeão paulista júnior, campeão brasileiro mirim e entrou para o Super Surf com apenas 16 anos de idade.

Em 2º lugar na etapa ficou Jorge Spanner, faturando US$ 1 mil. "Esse foi o meu grande resultado até agora. Vou para o Mundial mais feliz do que nunca", disse Jorge, que dividiu com Hizunomê o prêmio Kyw Best Wave, com a melhor onda do evento, nota 9 pontos, faturando R$ 600,00. Charlie Brown, que na verdade se chama Carlos Antonio Costa Freitas, ficou com a 3ª colocação, ganhando US$ 700, seguido de Diego Santos, que embolsou US$ 500.

OUTROS DESTAQUES - Além dos classificados, a etapa teve como destaques o Michel Roque, que viajou 48 horas de ônibus, de Fortaleza até São Sebastião, e trocou uma prancha de surf por hospedagem; e o pequeno Filipe Toledo, de apenas 9 anos de idade, o mais novo no evento. "Vim para aprender e competi com os caras mais velhos, bem maiores do que eu. Valeu a experiência", disse Filipinho, que é campeão paulista petit e filho do bicampeão brasileiro profissional de 91 e 95, Ricardo Toledo. Outra atração foi o Goofy Cabo de Guerra, atraindo um grande público na areia. O time vencedor foi o da Associação de Surf da Praia de Camburi - Ascam, formado por Rafael, Sérgio, Maer Marques e Odirley.

Criado em 1998 pela ASP, o Mundial tem como objetivo estabelecer uma estrutura para os novos talentos, preparando para o início da carreira no Circuito Mundial. Uma mentalidade voltada para o planejamento da carreira e uma oportunidade de crescer em nível técnico e até físico. Isto porque cada vez mais cedo os surfistas estão deixando de ser amadores. A chegada no profissionalismo acaba, na maioria das vezes, sendo uma colisão com a falta de preparo psicológico e até física.

Nomes de grande destaque - como o tricampeão mundial do WCT, o havaiano Andy Irons - já passaram pelo Pro Junior. Irons foi o 1º campeão, confirmando que a iniciativa da ASP gera resultados. Desde o ano passado, o Mundial ganhou ainda mais importância no cenário internacional. A diretoria da ASP decidiu que o campeão e o vice entrarão em todas as etapas do Circuito Mundial WQS 5 e 6 estrelas como tops, já rodada dos 96, facilitando a sua "corrida" por pontos para ingressar no WCT, a elite mundial.

O Billabong Pro Júnior 2004 teve apresentação da Marco Polo Têxtil, com o patrocínio da Goofy e Von Zipper. Apoio: Kyw Surf, Sthill, Surftrip, Uluwatu, Tobago, Torquay, BanSurf, Overboard, Hookena e Tropical Island. Supervisão da ASP South America e Abrasp. A etapa de Camburi contou com a colaboração da Federação Paulista de Surf, Prefeitura Municipal de São Sebastião, Associação de Surf de São Sebastião, Ascam, Turco Loco e Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer. Divulgação: Fluir, Waves e 89 FM. Realização da Billabong.

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