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Cinema e DVD
27/10/2010 - 10h04
Nosso lar e as reencarnações
Benedicto Ismael Camargo Dutra
 

“Nosso lar”, dirigido por Wagner de Assis, é mais um filme brasileiro de boa qualidade. Baseado no livro do espírita Chico Xavier, o filme adentra pelo campo das sucessivas reencarnações destinadas a promover a evolução e o fortalecimento espiritual dos seres humanos. Apresenta a história de André Luiz, um homem cumpridor de seus deveres de cidadão, como tantos outros, mas descuidado do exame do sentido da vida. O grande mérito do filme é tentar mostrar que a vida continua; que a morte é o abandono do revestimento material necessário para a vida terrena, uma das fases da verdadeira vida.

“Nosso lar” focaliza a situação do médico André Luiz após sua morte numa "colônia espiritual", espécie de cidade onde se reúnem espíritos para aprender e trabalhar entre uma encarnação e outra. Na Terra, em seu corpo terreno, ele não se ocupava com a razão de estar vivo, não questionava de onde veio e para onde iria. Embora médico, não tinha noção dos efeitos danosos que os pensamentos negativos como ódio, inveja, cobiça, ou seja, toda a chamada “vida interior” do ser humano, exercem sobre o corpo humano e sua saúde e, além disso, as consequências para o futuro, a colheita inevitável daquilo que semeamos.

Após sua morte, André Luiz é arrastado para a região criada por aqueles que não acreditam na continuação da vida após a morte e por isso só cuidam dos aspectos materiais. Lá estão presentes todos os excessos e abusos, formando um ambiente hostil e desumano. O sofrimento faz com que sua alma sinta nojo daquele local e, do fundo do coração, ele suplica por ajuda.

O filme dá uma pincelada na lei da ação e reação, que, afinal se resume na severidade da frase: os seres humanos colhem o que semeiam, de bom ou de mal, nesta vida ou numa futura reencarnação. No entanto, muitas coisas na trama requerem aprofundamento para a cabal compreensão das leis que regem os caminhos da evolução humana. Por exemplo, a personagem Heloísa não consegue entender por que só causava sofrimentos aos outros, mas também não se esforça para alcançar a compreensão e perceber que o coração fala através da intuição viva, a conexão do espírito com o cérebro. Nascimento, morte e reencarnação fazem parte das etapas que precisam ser plenamente compreendidas para que possam surtir o almejado resultado, ou seja, a efetiva evolução.

Sob a luz das leis naturais, fica evidente que também deve haver um fim real para a possibilidade de desenvolvimento dos seres humanos, seja na Terra ou no Além, que, após inúmeras oportunidades, não se tornaram de tal modo enobrecidos para que possam ser elevados às regiões de Luz.

A intuição, quando em sua atividade correta, funciona como um elo de ligação com mundos superiores, possibilitando aos encarnados a conexão com esferas mais iluminadas, captando conhecimentos mais elevados para colocá-los em ação na Terra. Sem a participação da intuição, os seres humanos perderam essa conexão, tendo disponível apenas o conhecimento restrito apreendido pelo cérebro do raciocínio, incapaz de produzir obras duradouras fundamentadas nas leis naturais da Criação, o que lamentavelmente está levando o planeta ao descalabro.

As reencarnações, inicialmente destinadas a promover vivências para o amadurecimento espiritual, acabaram se tornando um fardo pesado, devido ao acorrentamento voluntário do ser humano à Terra, onde pode usufruir dos prazeres materiais. Assim, muitos reencarnam sem terem alcançado uma região mais luminosa, pois estavam presos à matéria por seus vícios e pendores. Aproveitando a falta de vigilância das gestantes, tais almas agarram-se a algum corpo em formação, retornando à Terra imaturas e doentes, trazendo para esta parte da Criação as mesmas desoladoras condições de vida que criaram no Além.

Os cenários de “Nosso lar” são belíssimos, com jardins floridos e muita claridade sob o azul do céu. Reina um profundo respeito e consideração entre os humanos. Isso nos faz crer que um mundo melhor poderá surgir com a melhora da qualidade dos seres humanos e dos respectivos pensamentos.

A vida na Terra se tornou perigosa e triste. Um dos personagens fala bem alto para André Luiz: “O mundo precisa de histórias felizes!”. De fato, temos que construir um mundo sem as desgraças atuais. Quando a humanidade se esforçar por manter pensamentos puros, fortalecendo assim as centrais de pensamentos positivos que visam à harmonia, à paz, e ao amor desinteressado, a vida será bem melhor. Então, em meio a alegres atividades e beleza paradisíaca, abundância e felicidade se esparramarão pela Terra.

Para concluir, tomemos um trecho do livro “Na Luz da Verdade”, de Abdruschin: “Os seres humanos tornar-se-ão, no cumprimento acertado de sua função, os tão desejados seres completos e nobres, pois também eles, pela sintonização adequada na grande obra da Criação, receberão forças bem diferentes do que até agora, que os deixarão intuir contentamento e felicidade permanentes”.


Nota do Editor: Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Atualmente, é um dos coordenadores do www.library.com.br, site sem fins lucrativos, e autor dos livros Encontro com o Homem Sábio , Reencontro com o Homem Sábio, A Trajetória do Ser Humano na Terra e Nola – o manuscrito que abalou o mundo, editados pela Editora Nobel com o selo Marco Zero. E-mail: bidutra@attglobal.net.

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