Participação feminina não pára de crescer em viagem, com comportamentos e exigências outras
Salto alto, meia-calça e tailleur são presenças comuns no universo corporativo atual. Cada vez em cargos mais altos, as mulheres já são freqüentes na rede hoteleira da Grande São Paulo, que recebe semanalmente milhares de profissionais de outros países ou estados. Elas passam dois ou três dias na capital exclusivamente a trabalho e mantendo contato permanente com maridos e filhos que ficaram em casa. Na região de Alphaville, conhecida por sediar grandes empresas, a movimentação feminina nos empreendimentos da Atlantica Hotels International é crescente. São brasileiras e estrangeiras que se hospedam com regularidade. Algumas vêm a São Paulo e retornam para suas cidades todas as semanas. Elas fazem parte das estatísticas brasileiras que apontam uma participação histórica das mulheres nos níveis hierárquicos mais elevados das empresas. Segundo Giuliana Milani, supervisora de serviços de dois hotéis da rede, “para atender o público executivo feminino é preciso oferecer alguns produtos e serviços específicos”. Entre eles, ela lembra a decoração mais delicada com cores claras e sutis, itens diferenciados no frigobar, como frutas secas e produtos light, e os de primeira necessidade para o público feminino com removedores de esmaltes, maquiagem, absorventes, meia-calça e creme hidratante. O perfil dessas hóspedes revela peculiaridades. Instaladas na maioria em unidades de luxo, preferem ficar sozinhas nos apartamentos, frequentam a academia nas horas vagas e procuram por salões de beleza nas proximidades. Reservadas e ocupadas, preservam a discrição e o profissionalismo enquanto circulam por áreas comuns.
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