Alicates, peças gastas e erro na montagem podem acarretar diminuição da vida útil do produto e até a perda da garantia
Muitas pessoas acreditam que ao adquirir uma peça nova para seu carro estão asseguradas pela garantia e livres do eventual problema. Mas a história não é bem essa. Erros de aplicação podem comprometer a funcionalidade da peça, causar riscos de acidentes, além da perda da garantia do produto. A Nakata, marca da Affinia Automotiva para componentes de freios, suspensão, direção e transmissão, identificou através de seu serviço de atendimento ao consumidor diversas reclamações de aplicação de amortecedores, diminuindo a vida útil do produto e até a perda da garantia. Para preservar a segurança do seu consumidor, a Nakata explica como evitar a má aplicação desse componente. Primeiramente, antes de iniciar a montagem, o aplicador deve olhar o código de aplicação do novo amortecedor presente na embalagem e na peça. O segundo passo é utilizar todas as peças que compõe o kit. Não se pode montar o amortecedor misturando peças novas e usadas. Além disso, durante a montagem, o cuidado com as ferramentas é de extrema importância. A utilização de alicates para travar a haste no momento da instalação é terminantemente proibida, pois essa prática provoca marcas na haste do amortecedor que causarão danos ao selo mecânico do produto e, consequentemente, vazamento de óleo. A utilização do guarda-pó também é necessária. Ele protege a haste de impurezas que podem se fixar na peça, prejudicando a vedação do retentor o que ocasiona vazamentos. Outra dica para o aplicador é utilizar o torquímetro para fazer o aperto dos parafusos. O uso da pneumática pode causar a quebra de fixação. Para não forçar outras peças, é importante que o veículo esteja suspenso e apoiado por um calço. É importante também ter em mãos a garantia com os dados do veículo e da oficina mecânica. Esse é o único documento que garante a cobertura da peça na hora da troca. Caso os amortecedores se quebrem sem que seja por erro de aplicação, a Nakata assegura sua troca por dois anos ou 50 mil quilômetros, ou o que vier primeiro. Não vale correr riscos. A primeira revisão periódica dos amortecedores pode ser feita a partir dos 40 mil quilômetros, em veículos novos, e a cada 10 mil quilômetros desde a última revisão. Alguns tipos de veículos, ou modo de condução ou ainda condição do solo, podem ter esta média alterada para mais ou menos. O melhor a fazer é seguir rigorosamente a orientação do fabricante do veículo e fazer a troca se necessário for. Os amortecedores gastos podem causar instabilidade, comprometer o desempenho dos freios; vibrações e ruídos na suspensão; balanço excessivo após freadas e arrancadas; perda da estabilidade em curvas e pistas ruins; um pular excessivo das rodas; redução do contato entre o pneu e solo e do controle da suspensão; desgaste prematuro dos pneus e acidentes graves.
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