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Política
05/12/2010 - 10h09
Oposição quer apoio da sociedade
Mariana Jungmann - ABr
 

Reduzida a 20 senadores na próxima legislatura, a oposição planeja buscar apoio fora do Senado para fortalecer sua atuação no governo da presidenta eleita Dilma Rousseff. Segundo o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), uma das estratégias da oposição para não ser engolida pela base governista será a de se aproximar mais da sociedade civil organizada.

“A oposição vai ter que exercitar isso com organização e competência, buscando apoio fora do Congresso para alargar suas possibilidades de função fiscalizadora”, diz Dias. Para tanto, ela deve procurar entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI). A ideia é se associar a essas instituições em momentos delicados para o governo, como as discussões sobre o aborto ou sobre a regulamentação dos meios de comunicação social eletrônicos.

Líder do PSDB desde o período eleitoral, quando o senador Arthur Virgílio se afastou para concorrer ao governo do Amazonas, Dias também acredita que a oposição poderá incorporar os dissidentes da base aliada, tornando-se maior em determinados momentos. “Vamos precisar trabalhar as dissidências dentro do governo. De um lado, é positivo para o governo ter uma base aliada ampla, porque é confortável ter maioria. Mas, de outro, é preciso muita articulação política para atender a todos os interesses de uma base tão ampla.”

Para o líder do Democratas, senador José Agripino Maia (RN), o número de senadores não é tão relevante se forem feitas boas propostas. Segundo ele, o papel da oposição é que tem que estar bem definido na próxima legislatura para que ela não se torne inexpressiva.

“Nós valemos pelos argumentos que vamos usar. A oposição existe, independentemente de ser pequena, média ou grande, para fiscalizar, para denunciar”, disse Agripino. Apesar disso, não há uma agenda formada entre o PSDB, o DEM e o PPS - os principais partidos de oposição a Dilma. Os dois líderes devem esperar a chegada dos senadores eleitos para começar as discussões, o que só ocorrerá em fevereiro.

Doutor em sociologia e professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), Alcides Costa Vaz também considera que a definição de propostas é o primeiro passo para a sustentação da oposição no Congresso Nacional. Para ele, o esvaziamento do debate no período eleitoral demonstra a necessidade da reconstrução das bandeiras.

“A oposição precisa, antes de mais nada, reconstruir suas bandeiras”, avalia Vaz. “Há questões que sem dúvida são importantes. Todos percebemos que há um momento de dificuldade econômica se avizinhando, um cenário internacional bem menos favorável que o do presidente Lula.”

Na opinião dele, a estratégia de aproximação com instituições da sociedade civil pode ser frustrada pela proximidade delas com o atual governo. O professor acredita que elas podem ganhar força, mas isso não significa que atuarão com a oposição. “Elas podem desempenhar um papel mais marcante, mas não necessariamente na condição de oposição. Não as vejo, do ponto de vista ideológico e político, como instituições de oposição. A CNBB por exemplo, teve uma posição de enfrentamento [à candidatura de Dilma] por causa do aborto, mas na questão fundiária e indigenista é muito favorável às políticas do atual governo”, aponta Vaz.

Já no que diz respeito às dissidências, o professor da UnB vê possibilidades mais promissoras para DEM e PSDB. Segundo ele, a presidenta eleita já está enfrentando dificuldade para negociar com o PMDB antes mesmo de assumir e isso poderá se acentuar no futuro. O principal aliado do futuro governo, na opinião dele, será o “objeto de perpétua barganha”.

Apesar disso, Vaz ressalta que a capacidade de negociação de Dilma não deve ser subestimada. “A Casa Civil da Presidência da República é a antessala do gabinete do presidente, onde todas as demandas políticas aterrissam. Essa história de que a [futura] presidenta tem perfil técnico e não político é bobagem. Ela lidou com questões políticas nos últimos seis anos [quando foi ministra-chefe da Casa Civil].”

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