Há algum tempo venho aderindo no conceito de computação em nuvem. Mando as fotos pro Picasa, vídeos pro Youtube, documentos pro Google Docs e por aí vai. Isso facilita a disponibilidade da informação, pois de qualquer lugar e através de qualquer dispositivo posso acessá-las. O conceito de cloud computing é uma tendência. Os datacenters crescem exponencialmente junto com a demanda por este serviço e as soluções em nuvem que vão sendo criadas. Mas estamos no Brasil. Nossa infra-estrutura, apesar de em constante evolução ainda deixa a desejar. E a computação em nuvem tem uma única premissa: tudo está a seu alcance, desde que você tenha acesso a Internet. Num céu azul de nuvens brancas, nossa infra-estrutura infelizmente é a previsão de chuva, já atrapalha a evolução do conceito, uma vez que empresas e usuários têm que tomar uma decisão: enviar para a nuvem ou deixar tudo armazenado "em casa"? A evolução de dispositivos móveis, como Iphone, Ipad etc. facilita o crescimento da computação em nuvem, já que quem compra um dispositivo móvel, óbvio, quer mobilidade. Um exemplo que ilustra esta questão é evolução dos jornais e revistas em formato digital. O jornal Folha de São Paulo, passou a oferecer o jornal através da edição digital. Você tem acesso ao jornal, que foi praticamente 100% digitalizado, através da internet. A disponibilidade é imediata, mas se você não estiver online, não vai poder ver nem sequer a página principal. Já a revista Veja, passou a disponibilizar suas edições para o Ipad. Além do conteúdo da edição impressa, há uma série de extras como imagens e vídeos. Pra acessar seu conteúdo, é necessário fazer o download da edição completa que tem em média 400 Mb. Numa conexão banda larga básica, leva praticamente 1 hora pra baixar uma edição. Parece irreversível a migração das informações para a nuvem. A velocidade com que isso ocorrerá dependerá da evolução do acesso a internet, da segurança dos datacenters e provedores de serviço. Quanto a infra-estrutura, o Brasil tem a oportunidade (e a obrigação) de melhorá-la para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Resta saber se esta oportunidade será aproveitada. Nota do Editor: Adriano Marson é Arquiteto de Soluções da TOTVS Interior Paulista (www.totvs.com/interiorpaulista), Analista de Sistemas graduado pela Universidade São Francisco com Extensão em Gerenciamento de Projetos pela Unicamp.
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